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→ Michel Temer revoga decreto de uso das Forças Armadas no dia seguinte ao Ocupa Brasília
A participação das centrais sindicais unidas e dos movimentos sociais unidos com pelo menos 200 mil pessoas foi determinante para o sucesso do Ocupa Brasília na quarta-feira (24). Prova disso foi a ação autoritária de Michel Temer, que temendo o poder de mobilização do povo contra as reformas e contra sua permanência na Presidência da República, editou um decreto concedendo poder de polícia às Forças Armadas para reprimir e dispersar o ato.
O decreto autoritário do presidente ilegítimo citou o artigo 15 da lei Complementar n° 97, de 9 de junho de 1999. No entanto, vale lembrar que a lei invocada por Temer é explícita ao afirmar que o emprego das Forças Armadas somente pode ser feito “após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem (…)”. Ou seja, em casos extremos, quando as ameaças aos poderes constituídos forem gravíssimas e somente como último recurso.
Neste momento Michel Temer nos deu a prova de que a mobilização do povo unido surtiu efeito e de que ele se sente acuado. Temer temeu o Ocupa Brasília. Nem os poucos infiltrados para garantir imagens depreciativas do ato à grande mídia foi suficiente para reduzir a importância da mobilização.
O eixo monumental de Brasília foi tomado por 200 mil manifestantes que vieram das mais variadas regiões do País protestar de forma pacífica contra as reformas trabalhista e da Previdência, exigindo a retirada imediata destas propostas do Congresso, defendendo o “Fora Temer” e as “Diretas Já”.
A polícia também agiu reprimindo, sem trégua, os trabalhadores e trabalhadoras que ali protestavam por seus direitos. Milhares de mulheres, e homens, jovens e crianças foram recebidos com balas de borracha, spray de pimenta e gás lacrimogêneo.
Temer se aproveitou do tumulto para invocar as Forças Armadas para a defesa da sua própria “ordem”, e expôs seu verdadeiro DNA: autoritário, repressor, golpista e ditador.
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora parabeniza todos os guerreiros e guerreiras que enfrentaram horas nos ônibus até Brasília e que continuam lutando contra a terceirização, a reforma trabalhista e o desmonte da Previdência, pela democracia e as eleições diretas.
Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical, avisa: “Vamos construir uma nova greve geral para barrar a reforma trabalhista e da previdência. Haverá muita luta e muita organização. O povo está unido por eleições diretas e pela soberania popular. Vamos lutar, vamos parar o Brasil e garantir nossos direitos. O Temer vai cair, os que sustentam o golpe vão cair e vamos sustentar nossos direitos”.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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