O ano de 2020 começa em alta temperatura no seio de nossa categoria. O aprofundamento dos ataques ao serviço público praticados por Bolsonaro, e acompanhado pelos governos estaduais e municipais, impõem ainda mais organização, resistência e luta de nossa categoria.
As greves que aconteceram no país, especialmente a petroleira, mostram a necessária reação da classe trabalhadora, demonstrando que o preço pago pelos combustíveis no Brasil é aviltante que a única possibilidade de garantir direitos é com luta e com participação.
No Pará, a Reforma da Previdência “enfiada goela abaixo” por Helder, com toda a cumplicidade e apoio do presidente da ALEPA – Daniel, derrubou por completo o discurso de valorização e respeito ao serviço público paraense, deixando um rastro de insatisfação e indignação.
Embora tenhamos conseguido arrancar do governo dois reajustes que totalizaram o percentual do Piso 2019 (4,17%), integralizados apenas em janeiro deste ano, além de 50% das progressões, muitos dos graves problemas na educação continuam, como as precárias condições das escolas, o não cumprimento do percentual do Piso 2020 (12,84%) logo em janeiro, a falta de reajuste dos funcionários da educação, o não cumprimento do calendário para as eleições diretas nas escolas previstas em lei, e etc., aprofundam a insatisfação da categoria que aumenta a cada dia sem resposta, podendo até culminar em greve na rede estadual de ensino.
Como se não bastasse tantos problemas, a troca da titular da SEDUC, em pleno retorno às aulas, tem deixado a secretaria sem encaminhamentos básicos, prejudicando professores/as em suas lotações, repassando orientações confusas às escolas, causando toda espécie de problemas para nossa categoria.
Não há precedentes na história recente de nosso país da quantidade de ataques aos direitos e à nossa já frágil democracia.
As reformas em curso no país, pós reforma da previdência, vêm no sentido de transformar o Brasil num país sem nenhuma garantia básica aos/às trabalhadores/as, relegando cada vez mais à miséria e ao abandono nosso povo.
O aprofundamento da crise econômica, com as sucessivas altas do dólar, mostra que nenhuma das reformas em curso tem por objetivo melhorar a vida do povo, mas, apenas, aumentar o lucro dos grandes grupos de poder, aumentando a exploração e desalento para trabalhadores/as.
Para piorar esse cenário catastrófico, o irresponsável presidente continua atentando contra a constituição brasileira, ecoando as pautas retrógradas e antidemocráticas que ocupam espaço no cenário político atual.
Há de se qualificar o debate entre nossa categoria e não permitir que a defesa das instituições, como a defesa do funcionamento adequado e pleno dos poderes, seja confundido com defesa de corruptos e corruptores.
Não nos resta dúvida dos limites dessa democracia burguesa, cujo poder econômico desequilibra os processos eleitorais, a aprovação das leis, e até a garantia da aplicação das legislações, sendo a corrupção um processo lamentavelmente epidêmico, atingindo os três poderes.
Nós entendemos que nossa democracia tem que ser fortalecida se garantindo direitos para nosso povo e defendendo a educação como possibilidade de superação desta triste realidade. Seguiremos lutando por uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, em que o respeito às diferenças, à natureza, aos direitos e ao bem público se estabeleçam como uma cultura avançada do povo brasileiro.
Foi repassada a agenda do Dia Internacional da Mulher, que em Belém realiza ato público em 8 de março, com concentração às 9h na Escadinha do Cais do Porto.
5 de março – PARALISAÇÃO ESTADUAL, com ato público na SEAD.
8 de março – ato do Dia Internacional da Mulher – 9h – (Escadinha)
18 de março – GREVE NACIONAL DA EDUCAÇÃO.
26 de março – próxima Assembleia Geral Estadual.
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