A greve nacional dos petroleiros, realizada por enquanto na base dos sindicatos da FUP, mas que deve envolver também as entidades ligadas à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) tem recebido novas adesões a cada dia. A greve é por tempo indeterminado e reivindica a suspensão das demissões em unidade da empresa no Paraná (a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, Fafen-PR) e o cumprimento do acordo coletivo da categoria. Nesta terça-feira, dia 03, o movimento atingiu treze estados e mais de vinte unidade do Sistema Petrobrás.
Além da paralisação, estão acontecendo manifestações, atos e acampamentos em diversas unidades da empresa. A Comissão de Negociação da FUP permanece, pelo 4º dia consecutivo, dentro da sede administrativa da Petrobrás, no Rio de Janeiro, cobrando interlocução com a direção da estatal. A comissão de funcionários estava sem acesso a alimentos e outros itens básicos. Ontem, segunda-feira, após intensa pressão social a direção da empresa autorizou a entrada de água e alimentos para os dirigentes sindicais da FUP. O autoritarismo da direção da empresa é tão explícito que impediram a entrada, na sede da empresa, da deputada federal Jandira Feghali, que também é médica. Em Betim (MG), a direção da empresa manteve sob cárcere privado 37 trabalhadores para impedir a adesão dos petroleiros à greve nacional.
As entidades ligadas à Federação Nacional dos Petroleiros, FNP, também estão se somando ao movimento de greve, com cortes de rendição nos turnos, como em São José dos Campos e Litoral paulista. A perspectiva é a adesão total à greve ao longo da semana.
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora expressa total apoio à greve, se soma às entidades que exigem a anulação das demissões na Fafen/PR e ao cumprimento do acordo coletivo da categoria. O governo Bolsonaro tem feito vários movimentos para desmontar a empresa, como a privatização de refinarias, enfraquecer seu caráter público do Sistema Petrobrás para entregá-lo ao capital financeiro internacional que controla petroleiras estrangeiras. A Intersindical chama, também a solidariedade ativa de toda a classe trabalhadora ao movimento legítimo e necessário da categoria petroleira.
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