A Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, no último dia 1º de outubro, o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para salários de até R$ 5.000, beneficiando mais de 16 milhões de trabalhadoras e trabalhadores em todo o país. A medida ainda inclui um desconto no imposto de quem ganha entre R$ 5.000 e R$ 7.350 mensais. A proposta, promessa de campanha do presidente Lula, agora segue para votação no Senado e, se aprovada, entrará em vigor a partir de 2026.
Para a Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, essa conquista não veio de cima, mas sim da pressão popular organizada. Desde o início deste ano, a Central já apontava em suas resoluções a urgência de corrigir a regressividade do Imposto de Renda, que penaliza justamente a base da pirâmide social.
A mobilização dos movimentos sociais, por meio do Plebiscito Popular por um Brasil Mais Justo, teve papel fundamental na construção dessa vitória. A consulta, organizada por entidades populares, incluindo a Frente Povo Sem Medo e a Intersindical em todo o país, recolheu mais de 1,5 milhão de assinaturas em apoio à proposta de isenção do imposto para quem ganha até R$ 5.000 e o fim da Escala 6X1, e ainda a Redução da Jornada de Trabalho sem redução de salários.
Essa ampla adesão da sociedade demonstrou que a pressão popular funciona e que a mobilização de base é ferramenta essencial na conquista de justiça tributária. Como afirmou a Intersindical em diversas ocasiões, o Brasil precisa tributar mais quem ganha mais e aliviar o peso sobre quem vive de seu trabalho.
A aprovação da isenção também veio acompanhada da criação de um imposto mínimo de 10% sobre a alta renda, medida fundamental para garantir a responsabilidade fiscal e combater as distorções que permitem que super-ricos paguem menos impostos do que professores ou trabalhadores da saúde.
Essa vitória é resultado direto da luta e organização da classe trabalhadora. Mas não vamos parar por aqui. A Intersindical seguirá mobilizada na luta pela aprovação do Fim da Escala 6×1, uma das formas mais brutais de precarização da jornada de trabalho, que impede o descanso digno e o convívio familiar da classe trabalhadora.
Seguiremos em luta, em cada local de trabalho, moradia e estudo, construindo um projeto de país justo, solidário e democrático. A conquista da isenção até R$ 5.000 é uma demonstração concreta de que a mudança vem quando o povo se organiza e luta.
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