Coordenador da Federação Sindical Mundial – Chile, o dirigente sindical Christian Zambrano falou sobre o sistema previdenciário de seu país à plenária do 2º Congresso da Intersindical Central da Trabalhadora, neste sábado. Segundo ele, não é possível analisar o processo de privatização das aposentadorias sem destacar o golpe militar e o governo do ditador Augusto Pinochet, que “matou e fez desaparecer homens e mulheres e aniquilar o movimento sindical”.
Para Zambrano, “não seria possível instalar esse sistema sem a ditadura militar, que teve como primeira medida um decreto que deixou todos os sindicatos na ilegalidade.”
O chileno assegurou que o plano de Bolsonaro, com a reforma que quer privatizar a Previdência, é “muito similar ao da ditadura militar do Chile”. Nesse sistema, “nós botamos a grana e as multinacionais levam os lucros”.
Zambrano também afirmou que o plano de acabar com a aposentadoria pública é latino-americano e mundial. “Vocês têm uma grande tarefa: resistir a esses avanços. Toda a agenda de Bolsonaro não é diferente do que acontece na Argentina, Chile, Honduras e diversos países do mundo, que é a apropriação das reservas previdenciárias dos trabalhadores”.
Zambrano falou sobre a resistência do povo chileno ao sistema previdenciário privado, com o movimento “No + AFP [Administradoras de Fundos de Pensão]”. A defesa do movimento, que tem levado milhões de chilenos às ruas, é a volta do sistema público de Seguridade Social, universal, solidário e de repartição, modelo similar ao que temos hoje no Brasil.
Saiba mais sobre o sistema do Chile na reportagem da Intersindical “Exemplo chileno: por que capitalização na Previdência gera pobreza e desigualdade?“.
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Carlos no teu cu disse:
Pinochet homem santo