É aprovada em 2° turno na ALESP, por 59 votos a favor e 32 contrários, a Reforma da Previdência do Estado de São Paulo que retira direitos dos servidores estaduais. Dória utiliza a PM contra os servidores que ocupavam a Assembleia Legislativa.
Nesta terça-feira (3/3), às 9 horas, em sessão extraordinária foi à votação em 2° turno a Reforma da Previdência elaborada pelo governo João Dória (PSDB). A Reforma da Previdência aprovada altera a Constituição Estadual por meio de uma Emenda Constitucional (PEC). Junto à PEC, que não precisa de sanção do governador, também foi aprovado o Projeto de Lei Complementar (PLC) que regulamenta as alterações aprovadas e que irá para sanção do governador.
Mas a aprovação foi marcada por episódios de brutal repressão por parte da Polícia Militar que disparou bombas de gás lacrimogêneo e tiros de borracha contra os milhares de servidores que manifestaram no interior da ALESP. Parte dos manifestantes foram forçados a se saírem do prédio e a repressão continuou no entorno da Assembleia.
A forte repressão contra os servidores é a marca da Reforma da Previdência de Doria, que está em consonância com as políticas de retirada de direitos tomadas pelo Governo Federal e que tem amplo apoio dos grandes meios de comunicação.
A Reforma da Previdência Estadual aumenta de 11% para 14% a alíquota de contribuição dos servidores públicos do estado de São Paulo, amplia o tempo de contribuição para 25 anos e estabelece a idade mínima para a aposentadoria em 62 anos para servidoras e 65 para servidores.
A equipe de jornalismo da Intersindical registrou a ação da PM, que sem dúvida violaram o direito à livre manifestação. O direito ao protesto é um princípio fundamental de uma sociedade democrática, ao violá-lo se corrompe um dos pilares da cidadania, o direito ao contraditório.
Doria, a cada dia, se revela o equivalente paulista de Bolsonaro, e comparte com este último os ideais de uma sociedade sem direitos, sem voz e governadas para atender aos interesses do setor financeiro.
A Intersindical está junto às lutas dos servidores estaduais de São Paulo, que não terminam com a votação desta PEC. Os milhares de servidores mobilizados durante a votação na ALESP são prova de que está a resistência continua.
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