Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 2019 elaborado pelo Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD) confirma o que é percebido pela maioria dos brasileiros e brasileiras: o país está cada vez mais desigual. O Documento, intitulado “Além da renda, além das médias, além do hoje: desigualdades no desenvolvimento humano no século XXI”, apresenta dados de 189 países consolidados até o ano de 2019.
Segundo o Relatório, “no Brasil, os inquéritos às famílias revelam que os 10 por cento mais ricos auferiram um pouco mais de 40 por cento do rendimento total em 2015, mas, quando se tem em conta todas as formas de rendimento — não apenas o rendimento comunicado nos inquéritos — as estimativas revistas sugerem que aos 10 por cento do topo coube, na verdade, mais de 55 por cento do rendimento total.”
Quando é analisado os rendimentos dos 1% mais ricos da população verificasse que estes controlam 28% da renda dos brasileiros, afirma o PNUD. Em termos de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) o Brasil está estagnado desde 2017, com o indicador na casa 0,761 (quanto mais próximo de 1, mas desenvolvido), o país ocupa a 79° posição no ranking mundial de IDH, ficando atrás da Argentina, Chile, Uruguai, México e Cuba.
Quando descontada a desigualdade de renda, o indicador é reduzido em 24,5%, e sua posição fica ainda mais baixa. As políticas de ajuste fiscal, congelamento de gastos e retirada de direitos são medidas que acentuam a desigualdade e são justamente a agenda econômica e legislativa de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro.
O neoliberalismo é uma ideologia, que quando transformada em política de estado gera catástrofes sociais, o estudo apresentado pelo PNUD indicam isso, todo o país que aplica o neoliberalismo apresentam aumento das desigualdades sociais.
Leia o estudo completo neste link do Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2019
Texto: Pedro Otoni
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