- O eixo central dos debates a luta pela paz e contra a ofensiva imperialista dos Estados Unidos da América – EUA contra a América Latina e Caribe, e em especial, contra a República Bolivariana de Venezuela.
- O imperialismo tem intensificado o uso de golpes parlamentares, do ataque midiático e dos processos judiciais executado por magistrados subservientes aos interesses dos EUA contra os governos progressistas em todo o continente. Esta tem sido a marca dessa nova etapa da ofensiva dos EUA em nosso continente.
- O ponto mais crítico desse ataque contra a soberania dos povos de Nossa América é sem dúvida a Venezuela. A oposição venezuelana, subordinada e orientada pela Casa Branca, se demonstrou incapaz de ganhar eleições limpas. Seu fracasso eleitoral a leva a utilizar dos recursos dos mais bárbaros contra o conjunto da população. Como exemplo, promover a guerra econômica com o sequestro de alimentos e insumos básicos por parte dos empresários, com o intuito de criar escassez, fome e caos na sociedade venezuelana.
- Os EUA estão por trás de todas as medidas assumidas pela oposição burguesa, porque o objetivo central do imperialismo é derrubar o governo para roubar e controlar os recursos naturais do país, em especial o petróleo.
- Depois do fracassado intento de invadir a Venezuela com um discurso falso de ajuda humanitária os EUA utilizam alta tecnologia para cortar a energia de mais de 70% do território. Esses dois últimos ataques fizeram com que o conjunto da população venezuelana saísse às ruas do país para dizer não a intervenção norte americana e em defesa da soberania nacional.
- A crise da Venezuela não é um processo isolado. A crise de hegemonia dos EUA, o leva a procurar recompor suas perdas geopolíticas e econômicas na Ásia e África no aumento do controle sobre os recursos latino-americanos. Para isso, pretendem levar o conjunto das nações de nosso continente ao pântano do conflito armado.
- O governo brasileiro, sob a presidência de Bolsonaro, se transformou em marionete do imperialismo. A primeira ordem de Washington para o novo governo brasileiro foi romper definitivamente com o BRICS, e utilizar do peso regional brasileiro para atacar a Venezuela por meio da ameaça militar direta e da pressão diplomática via o Grupo de Lima. A postura do governo brasileira agride os interesses nacionais, a constituição e a tradição diplomática brasileira.
- Nesse sentido, o 2° Congresso da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, reafirma as posições debatidas no seu 1° Seminário Internacional (13 e 14/03/2019), com a participação das entidades sindicais de 10 países de Nossa América e afiliadas à Federação Sindical Mundial – FSM, e declara:
– Nossa total solidariedade à Venezuela! Exigimos respeito à soberania nacional e a legitimidade do governo Maduro, o único e legítimo presidente da República Bolivariana da Venezuela.
– Nosso comprometemos, enquanto membros da Federação Sindical Mundial na América Latina, fazer todos os esforços, com a mais ampla unidade de todos os setores do movimento social internacional, para construirmos uma grande campanha internacional em defesa da Soberania dos Povos, dos Direitos dos trabalhadores e pela Paz no Continente.
-Repudiamos a conduta dos governos Brasileiro, Chileno, Equatoriano, Colombiano, Argentino e Paraguaio por suas posturas submissas ao imperialismo, que submetem suas nações aos interesses estadunidenses.
-Repudiamos o bloqueio criminoso operado pelos EUA sobre o povo cubano.
- A Intersindical orienta seus sindicatos, movimentos sociais e militantes a fazer o debate sobre a realidade da Venezuela e a organizar de fato uma campanha de ajuda humanitária, dentro dos princípios do internacionalismo proletário.
Viva a Revolução Bolivariana na Venezuela!
Viva a resistência dos povos da América Latina!
São Paulo, 16 de março de 2019.
2º CONGRESSO DA INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA
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