O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirmou nesta terça-feira, dia 24, que prepara uma agenda de votações assim que for votada hoje a denúncia contra Temer. Maia quer demonstrar protagonismo, diante do desgaste e da desmoralização de Temer.
Mas se o marido da dona Marcela só consegue se sustentar na presidência agarrando-se nos projetos pretendidos pelo grande capital, que por consequência, são nefastos ao país e à classe trabalhadora, a agenda de Maia não é diferente.
Maia quer votar alterações na previdência, como o aumento do tempo de contribuição para trabalhadoras/es terem acesso à aposentadoria, por meio de um projeto de lei (e não mais através de uma PEC), que exige maioria simples de votos, número bem menor que o necessário de uma emenda constitucional, que requer dois terços dos votos dos parlamentares. Outra medida estudada por Maia para encaminhar através de PL seria aumentar a alíquota de contribuição dos servidores inativos.
Outra medida articulada por Rodrigo Maia visa permitir que o Tesouro Nacional utilize dinheiro público para socorrer bancos privados “em dificuldades”.
Além disso, um conjunto de medidas mirando o serviço público está na agenda, como o fim da estabilidade dos servidores.
A rigor, tanto a permanência de Temer quanto uma eleição indireta que indicaria Rodrigo Maia à presidência só interessam ao grande capital, pois ambos não têm compromissos com os interesses populares.
“Por isso, é fundamental seguir na luta para derrubar Temer e estabelecer eleições diretas para o povo decidir os rumos do país”, afirma Edson Carneiro Índio. “Mais importante ainda é a classe trabalhadora, os setores populares e democráticos retomarem a mobilização e a luta unitária para impedir a aprovação destes projetos. Um bom momento para isso será no dia 10 de novembro, Dia Nacional de Paralisações e mobilizações em defesa dos direitos, contra o fim da aposentadoria, a vigência da reforma trabalhista, o trabalho escravo, as privatizações e o conjunto da pauta que motivou o golpe de 2016”, conclui Índio, Secretário Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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