O Senador José Serra (PSDB/SP), na abertura do ano legislativo no Congresso Nacional (05/fev), foi fotografado pelo Deputado Federal Ivan Valente (PSOL/SP) em um ato de desrespeito contra as 320 mil pessoas que firmaram o abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência.
O documento foi encaminhado à Casa pela bancada do PSOL, devido seu tamanho foi estendido pelo piso do plenário. A provocação do senador golpista revela sua posição em relação a opinião da sociedade, que é majoritariamente contra a Reforma da Previdência.
Uma pesquisa encomendada pelo Planalto apontou que 87% dos entrevistados não apoiam da Reforma da Previdência, segundo matéria da Folha de São Paulo (31/Jan/2018). A rejeição à proposta tem aumentado a cada nova pesquisa, mesmo considerando as diferentes metodologias empregadas pelos institutos de pesquisa de opinião.
Já em novembro do ano passado, o Vox Populi, a pedido da CUT, realizou pesquisa sobre o tema e constatou que 85% dos entrevistados se posicionaram contra a Reforma. O Jornal Valor Econômico, um periódico abertamente direcionado para o mundo empresarial, também constatou em pesquisa on-line (01/dez) que 69% dos entrevistados são contrários à Reforma.
O Senador golpista, que também foi Ministro de Relações Exteriores do Governo Temer, já é bastante conhecido por seu desprezo em relação às demandas populares e aos interesses nacionais. Sua obra-prima foi a Lei 13.365/2016, que retirou a garantia legal da Petrobras na participação de pelo menos 30% de cada jazida do pré-sal, beneficiando as petroleiras estrangeiras.
Agora, com seu apoio a Reforma da Previdência, pretende agradar ainda mais os banqueiros, setor que jogou em sua campanha oficialmente mais de 1 milhão e meio de reais – conta na lista de maiores doadores Bradesco e Banco Safra.
A Intersindical Central da Classe Trabalhadora avalia que o governo perdeu o debate da Reforma da Previdência na sociedade, e agora, em um ato desesperado, tenta terceirizar a pressão sobre os deputados orientando para que os lobistas dos bancos façam, diretamente, o trabalho de “convencimento” junto aos gabinetes parlamentares.
É hora de intensificar a pressão sobre os deputados federais, como já está ocorrendo nos piquetes em aeroportos, bases eleitorais e em Brasília.
Mobilizar em diferentes âmbitos contra o fim da aposentadoria é a tarefa principal da Central.
Pisar no abaixo assinado contra a Reforma foi um ato de provocação infantil e que revela os interesses e o caráter do senador tucano. Mas não adianta, provocação é desespero, o povo já escolheu um lado na batalha, este lado é em defesa da aposentadoria.
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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