O mundo sertanejo apoiador de Jair Bolsonaro tem uma dívida que pode passar dos R$ 900 milhões com a Receita Federal.
São dívidas, pagamentos atrasados e multas de Imposto de Renda a pessoas físicas e jurídicas.
Boa parte dos sorridentes sertanejos da foto, ou seus empresários; ou parentes; e/ou empresas ligadas a eles está na mira da Receita nesse exato momento.
Quem tem municiado a Receita são os Procuradores dos Ministérios Públicos Federais nos Estados.
Há indícios e superfaturamentos na venda de shows a cidades do Brasil – especialmente no Centro-Oeste e Nordeste.
A suspeita das fontes ouvidas é que o apoio a Bolsonaro possa estar ligado a uma promessa futura de “relaxamento” dessas dívidas em até 90%, caso ele se reeleja. Se a Secom quiser se pronunciar, este texto será atualizado.
Alguns dos multados pela Receita estão usando o sistema federal “Regularize” para questionar ou negar as dívidas.
Embora o sistema já existisse, ele foi ampliado assim que o presidente tomou posse, em 2019.
Há também investigação sobre um sem-número de empresas abertas que promovem a carreira dos sertanejos.
Na verdade, muitas delas estão em nome de procuradores, agentes, amigos, parentes (inclusive ex-mulheres), empresários e até “laranjas” dos próprios artistas.
Apesar disso, a estratégia dos sonegadores é tão simples que até irrita.
Funciona assim: quando uma empresa começa a acumular dívidas federais (como IR e Previdência), seus donos deixam aberta (até porque o fechamento é impossível com dívida ativa), porém são inativadas.
Em seguida, os envolvidos simplesmente abrem outras empresas que continuam a fazer o mesmo que a anterior.
A empresa anterior, moribunda, fica anos espetada no gancho do Leão.
O problema é o tempo que demora para a Receita conseguir responsabilizar as pessoas físicas por trás das jurídicas sonegadoras. Pode levar anos.
A informação foi obtida pelo site Ooops! junto a uma fonte na própria Receita e junto a dois Ministérios Públicos Federais: São Paulo e Ceará.
Porém, o buraco é mais fundo.
Há muitas outras investigações em andamento nos Ministérios Públicos Federais de São Paulo, Rio, Paraná, Goiás, Piauí, Minas Gerais, Maranhão, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Alagoas.
Vários procuradores desses Estados já concluíram ou estão concluindo as investigações e enviando os resultados para a Justiça e para a Receita Federal aplicar as multas. Entretanto, não há prazo para o término das investigações, que já duram sete anos.
Fonte: Portal Ooops!
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