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Nota de solidariedade a Evo Morales: Não ao GOLPE DE ESTADO contra o povo boliviano

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Com indignação que a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, desde o Brasil, manifesta seu repúdio à trama imperialista e oligárquica na Bolívia, que resultou no golpe de estado contra o governo constitucional de Evo Morales.

Este golpe foi planejado pelo Departamento de Estado Estadunidense, executado pelos setores da extrema-direita e contou apoio do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, sob comando do bolsonarista Ernesto Araújo.

A oposição de extrema-direita foi derrotada nas últimas eleições presidenciais, o povo escolheu Evo e seu projeto. Foi contra a vontade do povo que se organizou o golpe. Por isso os candidatos derrotados não reconheceram a vitória de Evo e criaram a denúncia de uma fraude eleitoral que não aconteceu.

Como tática, os golpistas organizaram falanges de fanáticos reacionários que atacaram equipamentos públicos, as sedes regionais do MAS (Movimento ao Socialismo), além de sindicalistas, lideranças de esquerda e membros do governo. Foi a tática de criar o terror extremo com a queima de residências, sequestro, espancamento, tortura e humilhação pública de lideranças políticas do MAS.

Evo, com o intuito de evitar a escalada de violência, permitiu a auditoria da OEA (entidade pró-EUA) e até a convocação de novas eleições. Estes gestos não modificaram a conduta da OEA e muito menos por Luis Fernado Camacho (líder a oposição golpista). Ficou claro que nem os golpistas, nem a OEA estavam preocupados com a vontade popular, com o processo eleitoral e com a democracia. Seu objetivo era assumir o poder de estado retirando-o do MAS.

A alta cúpula do Exército Boliviano, mesmo com todo o esforço do governo em mudar sua orientação ideológica, continuou com sua posíção racista e antinacional e se somou à estratégia golpista.

Os membros do governo foram intimidados e a renúncia de Evo Morales e Álvaro Garcia Linera se deu sob chantagem e a ameaça de extermínio dos seus familiares e de membros do governo.

Neste sentido, entendemos que o golpe de estado na Bolívia é parte da estratégia de dominação imperialista em nosso continente. Esta tem fomentado o facismo das elites locais com o intuito de destruir as organizações populares, partidos de esquerda e a possibilidade de projetos soberanos no comando de nossas nações.

Entendemos que a ação selvagem das falanges da extrema-direita boliviana deve ser denunciada internacionalmente como criminosas. E diante da violência extrema dos golpistas – com apoio das forças policiais e do exército- se torna legítima todas as formas de resistência e autodefesa do povo.

SOLIDARIEDADE INCONDICIONAL AOS COMPANHEIROS EVO MORALES E GARCIA LINERA!
SOLIDARIEDADE AO POVO BOLIVIANO E SUAS ORGANIZAÇÕES QUE AGORA REALIZAM A RESISTÊNCIA NECESSÁRIA AO GOLPE.
NÃO AO IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE!
NOSSO REPÚDIO AOS GOLPISTAS CARLOS MESA, FERNANDO CAMACHO E SEU BANDO.
NÃO FOI RENÚNCIA, FOI GOLPE!

São Paulo, 11 de novembro de 2019
Intersindical Central da Classe Trabalhadora

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Comentários

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  1. Gouvan Cavalcante de Magalhães disse:

    Mais um golpe planejado e executado pela CIA com a ajuda dos traidores locais.

  2. Ana Clemente Paula disse:

    Lutar em defesa do povo trabalhador e oprimido é sinal de resistência e amor ao próximo.

  3. Edison Puente disse:

    Excelente matéria. Acredito que a secretaria de RI. Deve ir para Lá Paz. E prestar solidariedade de verdade. Estas experiências amanhã vão determinar nossa existência…

  4. Fernando Lopes disse:

    O POVO boliviano deve resistir, deve reagir aos GOLPISTAS identificando alvos facistas e devolvendo os ataques sofridos. Embora a polícia e o exército tenham aderido ao GOLPE, esses não devem ser alvos para enfrentamento…
    Os inimigos são as elites, portanto é contra ELES que se deve lutar…

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