O presidente interino e ilegítimo Michel Temer (PMDB) foi claro no anúncio de seu pacote de medidas, na última terça-feira (24): vai reduzir os investimentos em saúde, educação, programas sociais, salários do funcionalismo público, entre outros, em favor do pagamento de juros da dívida e garantir que o país entre em um novo ciclo de privatizações.
O máximo de aumento permitido para os gastos primários, ou seja, com saúde, programas sociais e educação, será a taxa de inflação do ano anterior. E Temer ainda avisou: o único gasto que poderá aumentar acima da inflação será o gasto com o pagamento de juros da dívida pública!
Isso na prática equivale ao desmonte de todo o setor público e à transferência dos recursos do povo ao grande capital financeiro.
Temer também anunciou a intenção de entregar o Pré-sal à iniciativa privada e outras empresas. Pretende extinguir o fundo soberano, uma espécie de poupança do Brasil para situações emergenciais (como catástrofes), além de enxugar o BNDES.
Na pauta de trabalho de Temer está a promoção das parcerias público-privadas na saúde e na educação por meio de empresas ou organizações sociais, o reajuste na tabela do SUS e dos planos de saúde, a reforma trabalhista e da previdência e a privatização do sistema carcerário.
O presidente em exercício também disse que o governo não pretende elevar mais o volume de subsídios (incentivos, principalmente fiscais) concedidos.
“Não aceitaremos uma Ponte para o Passado que pretende retirar direitos trabalhistas, ampliar a privatização e cortar programas sociais deste governo impostor, golpista e autoritário”, afirma Edson Carneiro Índio, Secretário-Geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora. “É necessário reforçar a unidade entre os movimentos sociais e ampliar o diálogo com a população. Na medida em que o povo perceber a gravidade desses ataques, crescerá a resistência social”, conclui Índio.
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