A Greve Geral contra a reforma da Previdência nesta sexta-feira (14) promete parar o transporte público em diversas capitais brasileiras. Sindicatos ligados às centrais sindicais que convocam o protesto nacional já anunciaram adesão.
Em algumas cidades como Curitiba (PR) e Brasília (DF), sindicatos locais ainda não definiram participação e as entidades devem confirmar até o final desta quinta-feira (13).
Confira onde a paralisação dos serviços está confirmada.
Na capital mineira, o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro/MG) confirmou adesão ao movimento no dia 10 de junho.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou que obteve uma liminar na Justiça para que o transporte funcione em escala mínima. Mas a entidade que representa os trabalhadores informou que ainda não havia sido notificado da decisão.
O sindicato destaca que a greve da categoria também pauta a privatização do metrô de BH.
O sistema de trens da Trensurb, que opera entre a Porto Alegre e Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, não deve circular amanhã. O Sindimetrô-RS, que representa os metroviários no Estado, afirma que “não haverá viagens nem em horário de pico”. O sistema transporta mais de 170 mil passageiros, em média, por dia útil.
Os funcionários que aderem à paralisação também colocam em destaque o tema da privatização da Trensurb. Em nota, a empresa declarou que “irá envidar esforços para minimizar os transtornos aos usuários do metrô e garantir o direito de ir e vir da população”.
O Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário (Stetpoa), por sua vez, apoia a greve e participa da manifestação contra a reforma da Previdência que está marcada na capital gaúcha, na data da greve, mas a circulação dos ônibus não será afetada. O Sindicato Metropolitano dos Rodoviários (Sindimetropolitano) tem posição semelhante.
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O Sindicato dos Metroviários de Pernambuco também indicou paralisação total do metrô. Além das pautas nacionais, os trabalhadores também pautam o aumento do preço de passagens. A tarifa em Recife subiu de R$1,60 para R$2,10, em maio deste ano. Um novo aumento está previsto em julho, quando a tarifa deve aumentar para R$2,60.
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) também deliberou nacionalmente pela adesão à Greve Geral. Além do Recife, a CBTU é a responsável pelos trens das cidades de João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN) e Belo Horizonte (MG).
Em assembleia do Sindicatos dos Motoristas e Cobradores de Ônibus da Cidade do Rio de Janeiro, a adesão ficou limitada aos motoristas das linhas rodoviárias.
O setor estatal do Sindicato Metroviários do Estado do Rio de Janeiro (Simerj) indicou participação na Greve Geral. O setor é composto pelas áreas de Obras e Fiscalização do Sistema Metroviário e Administração. Os trabalhadores do sistema Operacional deve definir adesão nesta quinta-feira (13)
Metroviários e ferroviários de Salvador e região metropolitana, o transporte público também vai parar com a adesão do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Ferroviário e Metroviário dos Estados da Bahia e Sergipe (Sindiferro), que representa as duas categorias.
Os funcionários do metrô, que estão em campanha salarial, também aproveitam a paralisação para reivindicar reajuste de 15% nos salários. A CCR Metrô Bahia oferece apenas 3% de aumento aos trabalhadores. A paralisação vai afetar cerca de 350 mil usuários do metrô.
Já o Sindicato dos Rodoviários da Bahia indica que “cerca de 90% das 417 cidades da Bahia vão ficar sem ônibus na sexta-feira”.
Na capital paulista, os motoristas dos ônibus municipais e os metroviários aderiram à paralisação. As linhas 1-Azul, 2-Vermelha e 3-Verde do Metrô de São Paulo, além do monotrilho da linha 15-Prata, vão interromper suas atividades a partir da 0h de sexta-feira.
Cinco das sete linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também param: 8-Diamante, 9-Esmeralda, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.
A Justiça concedeu liminar à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do estado para barrar a paralisação. Segundo a pasta, a decisão requer que 80% dos funcionários de Metrô e CPTM trabalhem nos horários de pico e 60%, nos demais horários.
Em coletiva de imprensa na segunda-feira (10), no entanto, o sindicalista Wagner Fajardo, coordenador-geral do Sindicato dos Metroviários, afirmou que a categoria manteria a mobilização mesmo com a possibilidade de multa.
Fonte: Brasil de Fato
Edição: Pedro Ribeiro Nogueira
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