A Câmara dos Deputados está lendo nesta terça-feira (1), no primeiro dia de trabalho depois do recesso parlamentar, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), contrário ao prosseguimento da denúncia de Michel Temer por corrupção passiva.
A palavra de ordem no Congresso neste momento é ignorar o escândalo envolvendo o presidente em exercício e o empresário Joesley Batista para permitir que a agenda que interessa ao grande capital seja levada adiante, tendo em vista as reformas previdenciária e tributária.
A votação só será aberta quando pelo menos 342 dos 513 deputados registrarem presença em plenário.
A oposição sabe que não possui número suficiente para vencer. Apesar da certeza da vitória, os governistas ameaçam esvaziar a sessão para ganhar mais tempo e negociar bilhões de reais em emendas, “benesses” políticas que só lesam a Nação.
A votação será nominal e aberta (no microfone). Para que a acusação da Procuradoria Geral da República (PGR) siga adiante, são necessários 342 votos contrários ao parecer da CCJ que livra Temer da denúncia.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Temer de corrupção passiva com base em gravações e na delação dos donos do grupo J&F, que controla o frigorífico JBS.
O empresário Joesley Batista gravou uma conversa com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, que gerou a denúncia.
O presidente nega ter cometido ilegalidades e sua defesa deve repetir os argumentos apresentados à CCJ de que não há provas e que a denúncia se baseia em ilações dos procuradores.
Os movimentos sociais prometem fazer diversas manifestações em todo o país nesta quarta-feira.
Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados
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