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Este 8 de março é uma data mais do que especial para o feminismo. Não só por manter viva a memória histórica de resistência e luta das trabalhadoras russas, há exatos 100 anos, como também, por ser um marco diante de tantas ameaças de perdas de direitos e declarações de ódio contras mulheres, no Brasil e no mundo.
“Um lema que resume de forma brilhante a luta das mulheres veio das companheiras argentinas – que em 2016 organizaram paralisações de mulheres em combate ao feminicídio dizendo: ‘se nosso corpo não vale, produzam sem nós!’”, explica Vanessa Gravino, do setorial de mulheres da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
“Se podemos ser agredidas, mortas, se podemos sofrer todo tipo de violência e a sociedade em que vivemos as torna justificáveis, se não temos nenhum valor enquanto gente, então que produzam sem nós!”, afirma.
Raquel Ribeiro, também do setorial de mulheres da Intersindical, complementa: “Cerca de 30 países se uniram para dar mais ênfase ao 8 de março num acordo para ter um dia sem mulher. Tudo para chamar atenção à desigualdade de gênero, à desigualdade no ambiente de trabalho, ao trabalho silencioso da mulher no lar, pela reivindicação de que as mulheres ainda ganham 30% menos que os homens. É uma forma de unir as mulheres para se manifestarem diante de todos esses retrocessos , além da reforma da Previdência e trabalhista”.
“Quantas mulheres sofrem violência doméstica? Quantas são assassinadas por seus maridos, namorados e “ficantes”? O Estado e a sociedade de maneira geral fecha os olhos e finge que tudo isso é “normal”. Bem, então chamamos todas as mulheres para a parada no dia 8 de março. Parada em todos os sentidos: do trabalho remunerado, do trabalho doméstico, de tudo aquilo que nos oprime e machuca. É fundamental mostrar que “mexeu com uma, mexeu com todas”. Parar significa deixar claro que não aceitaremos mais retrocessos e opressões em nossas vidas. Quanto mais mulheres nas ruas, mais força mostraremos”, convoca Vanessa.
A Marcha das Mulheres, iniciada este ano nos EUA após a vitória de Donald Trump e que ganhou adesão em mais de 20 países do mundo contra o sexismo, trouxe à tona a força das mulheres enquanto grupo e expressão social. A campanha NiUnaMenos e a proposta do Paro Internacional de Mujeres, na Argentina e outros países da América Latina, demonstram a resistência crescente das mulheres, negras, lésbicas, latinas, bissexuais, indígenas, imigrantes e transexuais, contra o avanço do conservadorismo.
“Penso que vivenciamos um momento que pode ser o auge do movimento de mulheres e do feminismo. Muitas mulheres compreenderam que as pautas pelas quais lutamos não são pautas específicas, mas que podem trazer uma mudança radical na sociedade. O governo ilegítimo de Michel Temer já trabalha contra esta perspectiva, não é por acaso que utiliza figuras como a de Marcela Temer atrelada à imagem “bela, recatada e do lar”, lembra Vanessa Gravino.
“A direita já percebeu que nossa força não é pequena e que temos ganhado adeptas por toda a sociedade brasileira. Por isso, precisa utilizar os meios de comunicação golpistas para que mulheres acreditem que seu espaço é o da casa e não o da política, o privado, e não o público. Está acontecendo uma disputa fundamental na sociedade que se refere ao lugar que as mulheres ocupam no cotidiano. Durante muitos séculos o papel das mulheres ou estava no espaço doméstico ou nas múltiplas jornadas de trabalho, como para a maioria das mulheres negras e pobres, que o trabalho não significava e nem significa autonomia, mas maior exploração. Nós não abriremos mão desta disputa! Lutamos por um mundo sem machismo, sem racismo e pela superação da sociedade dividida em classes sociais. Ainda que os retrocessos estejam batendo em nossa porta, continuaremos nos organizando coletivamente, inventando outros formatos de fazer política e luta!”, complementa.
Serviço:
Quando: 8 de março
Local: Praça da Sé
Horário: 15 horas
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INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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