O Dia 28 de abril é comemorado internacionalmente como um dia de mobilização em defesa da saúde e da vida dos trabalhadores, em sua maioria expostos a riscos de forma criminosa e irresponsável pelas empresas, sempre em busca do lucro maior e mais fácil. Pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) ele é intitulado como Dia Internacional da Segurança e Saúde no Trabalho. No Brasil é tratado como Movimento 28 de Abril – Dia para Relembrar os Mortos e Lutar pela Vida.
Diversas atividades em todo o mundo serão realizadas no dia 28 de abril com o objetivo de conscientizar a classe trabalhadora para que não coloque sua saúde e sua vida em jogo ao desenvolver atividades perigosas e insalubres nas fábricas.
No dia 28 de abril (terça-feira), a Regional Campinas do Sindicato Químicos Unificados promoverá um encontro com a seguinte programação:
* 08h30 – Café da manhã
* 09h30 – Exibição do filme O Lucro Acima da Vida
* 11h30 – Antonio de Marco Rasteiro, coordenador da Associação dos Trabalhadores Expostos a Substâncias Químicas (Atesq) relembra a luta dos ex-trabalhadores contra a contaminação produzida pela Shell Brasil e pela Basf S.A. no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia.
* 11h45 – André Henrique, dirigente sindical, fala sobre a prevenção de acidentes do trabalho – uma das prioridades do Sindicato Químicos Unificados.
* 12 horas – Debates
* 13 horas – Encerramento por Valdir de Souza, dirigente do Sindicato Químicos Unificados.
A atividade é aberta a todos interessados, e será realizada na sede da Regional Campinas do Sindicato Químicos Unificados, na avenida Barão de Itapura nº 2022 – Guanabara. Informações com Glória Nozella, pelo e-mail [email protected] ou celular (19) 99604.7095
A contaminação provocada pela Shell Brasil e a Basf S.A. na planta industrial instalada no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, é um caso típico de irresponsável e criminosa contaminação química do ar, solo, água, de trabalhadores e dos moradores do bairro. Era tragédia anunciada. Somam cerca de 70 mortes de ex-trabalhadores em decorrência da contaminação, mais um número sem estimativa de pessoas que hoje vivem com doenças decorrentes desta exposição ocupacional.
Após 12 anos de lutas e mobilizações nas ruas e nos tribunais, as duas multinacional foram condenadas e responsabilizadas pelo Tribunal Superior do Trabalho, em julgamento em 08 de abril de 2013, em Brasília. Esta ação contra a Shell/Basf foi uma das maiores pendências trabalhistas, em valores e em número de envolvidos, na história da Justiça no país, conforme garantiu o ministro João Antonio Dalazen, do TST.
SIGA ESTE ENDEREÇO para ler a história completa deste crime ambiental Shell/Basf.
O 28 de Abril – Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes de Trabalho surgiu no Canadá por iniciativa do movimento sindical, e logo se espalhou por diversos países, organizado por sindicatos, federações, confederações locais e internacionais.
A data foi escolhida em razão de um acidente que matou 78 trabalhadores em uma mina no estado da Virgínia, nos Estados Unidos no ano de 1969. A OIT, desde 2003, consagra a data à reflexão sobre a segurança e saúde do trabalhador.
O Sindicato Químicos Unificados historicamente participa das mobilizações deste dia, com a realização de palestras, encontros e de assembleias em fábricas símbolos que desrespeitam, de forma rotineira e assumida, a segurança de seus trabalhadores.
E muito há a ser feito no campo saúde e segurança no trabalho, no Brasil e no mundo. Isto porque os acidentes de trabalho são previsíveis e, portanto, podem ser prevenidos e evitados. Assim, estes acidentes não são questões de desastre natural, sorte e azar, ou castigo divino. São cerca de dois milhões de vidas ceifadas a cada ano no mundo pelo trabalho.
O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, alertou para a situação inaceitável de 2,3 milhões de mortes por ano por acidentes e doenças do trabalho, e de 860 mil pessoas que sofrem algum tipo de ferimento todos os dias no mundo. Segundo ele, os custos globais, diretos e indiretos, chegam a 2,8 trilhões de dólares, ou quase 7 trilhões de reais. Esta afirmação foi feita no 20º Congresso Mundial sobre Segurança e Saúde no Trabalho 2014, em Frankfurt, na Alemanha.
Ryder afirmou que os números são maiores do que mortes em guerras. Disse que “acidentes ocupacionais representam, em primeiro lugar, tragédias humanas, mas as sociedades e as economias também pagam um preço alto.” Falou, ainda, “que um local de trabalho seguro e saudável é um direito humano básico e que deve ser respeitado em todos os níveis”.
O Brasil contribui significativamente para a estatística mundial com seus mais de 700 mil acidentes e adoecimentos em consequência do trabalho por ano. Mas, o número real é muito maior: Boa parte das empresas não emite a obrigatória Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
O Brasil é o quarto colocado no ranking mundial de acidentes e adoecimentos no trabalho. Uma das medidas para alcançar a meta de eliminar acidentes graves e fatais é investir em prevenção, que se traduz em fiscalização preventiva e em campanhas de conscientização para trabalhadores e empregadores. Desta forma o país estará criando, para gerações futuras, uma cultura de prevenção capaz de reverter esse quadro.
Para que o trabalhador possa estar bem informado e assim melhor defender sua saúde e sua vida, o Sindicato Químicos Unificados fez duas cartilhas de orientações.
Leia-as. E caso existam condições de risco em seu local de trabalho denuncie imediatamente às regionais de Campinas, Osasco e Vinhedo do Unificados.
SIGA ESTE ENDEREÇO – ou na imagem acima – para ler ou fazer download da cartilha intitulada Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Ler/Dort
SIGA ESTE ENDEREÇO – ou na imagem acima – para ler ou fazer download da cartilha intitulada Intoxicação no Local de Trabalho.
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