Na tarde desta terça-feira (5) milhares de mulheres pelo Brasil foram às ruas contra a PEC 181.
Um projeto de Emenda Constitucional, que tramita na Câmara, conduzida por 18 Deputados, todos homens, que, na prática, proíbe o aborto em todos os casos. Até mesmo em caso de estupro.
Vanessa Gravino, Direção Nacional da Intersindical Centra da Classe Trabalhadora, explica que a PEC 181 incide diretamente nas vidas das mulheres, justamente por que “ela torna ilegal o aborto que é legal no Brasil, ou seja: quando o feto tem anencefalia ou quando a mulher é vítima de estupro”, explicou ela.
“A PEC 181 é o Estatuto do Nascituro ressuscitado com outro nome”, compara ela.
Vanessa ressaltou que as mulheres mas atingidas pela PEC 181, como de costume, são as mais pobres. Justamente por que estas são as maiores vítimas do aborto ilegal, pois quase sempre o processo é feito em locais de segurança duvidosa.
A mesma prática que não atinge mulheres de maior poder financeiro, uma vez que, elas também realizam abortos, mas têm poder aquisitivo maior para realizar a operação em locais mais seguros, pagando altos valores para isso. Mesmo sendo o aborto uma prática criminalizada no Brasil.
“Quem vai morrer vai ser a mulher pobre, negra”, esclareceu ela.
Estes são os nomes dos 18 Deputados Federais que, com seu voto, querem aprovar mais este retrocesso: Gilberto Nascimento (PSC), Leonardo Quintão (PMDB), Givaldo Carimbão (PHS), Mauro Pereira (PMDB), Alan Rick (DEM), Sóstenes Cavalcante (DEM), Jorge Tadeu Mudalen (DEM), Marcos Soares (DEM), Pastor Eurico (PHS), Antônio Jácome (PODE), João Campos (PRB), Paulo Freire (PR), Jefferson Campos (PSD), Joaquim Passarinho (PSD), Eros Biondini (PROS), Flavinho (PSB), Evandro Gussi (PV) e Diego Garcia (PHS).
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