Que o Brasil está mergulhado numa profunda crise econômica, política e Ético/moral ninguém duvida, mas isso não dá o direito de acompanharmos em silencio e com indiferença o crescimento dos conservadores e fundamentalistas no país.
Mesmo diante dessa profunda crise, por mais que tenhamos nos esforçado para buscar uma interlocução pela esquerda, acompanhamos o crescimento do conservadorismo, a desconstrução de conquistas históricas dos trabalhadores por um congresso composto de centenas de picaretas e por um senado carcomido pelas raposas do poder, que em minha opinião, deveria ser extinto.
É claro que o governo Dilma não é vitima dessa crise e sim protagonista da mesma, com suas medidas estapafúrdias, que vem cavando sua própria sepultura, a do Partido dos Trabalhadores e dos aliados destrutivos desse país.
Embora, às vezes piscando para a esquerda, mas sempre tomando o caminho da direita, numa clássica ligeireza de descolamento do governo, o Presidente Lula também tem culpa na escolha de sua sucessora e nas infrutíferas tentativas de alteração da rota destrutiva que o Brasil está mergulhado.
Todavia, não podemos concordar com atos de vandalismo e terrorismo contra sua pessoa e seus espaços físicos institucionalmente constituídos. Nesse sentido, solicitamos os esclarecimentos dos fatos, a punição dos culpados e a manutenção da democracia como expressão das vontades coletivas e da classe trabalhadora. Os ataques configuram ódio de classe não somente a setores centristas do PT, mas, via–de-regra, são extensivos ao conjunto da esquerda brasileira e mundial.
A saída é pela esquerda e não pelas forças “ocultas” da barbárie fascista operando na escuridão da noite e na calada do dia-a-dia.
Contra as ideias da força, a força das ideias! Florestan Fernandes.
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*Aldo Santos é ex-vereador, Presidente da Associação dos Professores de filosofia e filósofos do Brasil, Presidente do Psol-SBC.
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