O Uruguai vive um momento distinto entre os demais países da América Latina, com um governo progressista e diversas conquistas sociais nos últimos 13 anos, em especial na área trabalhista e previdenciária. Ainda assim, os uruguaios estão atentos ao que se passa na América Latina e nas cópias imperialistas que tentam assumir o controle e conquistar a opinião pública.
O informe do pequeno país de 3,3 milhões de habitantes foi feito por Marcos Lombardi Cuzzi, coordenador geral da SUCRA (Sindicato Único do Transporte), presidente da Federación Única de Transporte da América Latina e Caribe e vice-presidente da UIs Transporte da FSM.
A média de salários aumentou 55,5% desde que a Frente Ampla ingressou no governo. Em 12 anos desde a criação da lei das domésticas, 70% das trabalhadoras estão registradas, um recorde segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O reajuste das pensões tem crescido acima da inflação. Agora existem leis trabalhistas. Por essas e outras conquistas, a luta sindical neste momento, é atípica.
“Em nossas lutas sindicais não podemos responsabilizar o governo progressista para não gerar contradição ideológica entre os trabalhadores e para não transmitir à juventude uma ideia falsa do que realmente queremos, senão quando nos dermos conta, esse retrocesso ideológico será irreversível”, explicou Cuzzi.
“Temos que ser independentes, não indiferentes, temos que estar comprometidos com a classe trabalhadora e lutar por ela”, disse.
Com base na experiência de outros países irmãos, como Brasil e Argentina, os uruguaios acompanham de perto os movimentos imperialistas sobre os países da América Latina que tiveram conquistas sociais importantes com seus governos progressistas. “Temos uma cópia do Bolsonaro aqui”, lembrou.
Uma preocupação do movimento sindical uruguaio neste momento é ampliar o conhecimento dos trabalhadores no âmbito político e técnico, inserindo a classe trabalhadora nas novas tecnologias para evitar uma massa de desempregados nesta 4º Revolução Industrial.
“Como fazer quando a automatização retirar o emprego deles? Há um abismo maior entre a classe popular e o conhecimento.
Temos que apostar aí porque eles não podem ficar separados do conhecimento”, disse o representante do Uruguai.
Texto: Tsuli Turbiani
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