Segundo dados da PNAD, divulgados ontem pelo IBGE, houve um soluço no emprego. 93,3 milhões de brasileiros estão empregados, 2,4 milhões a mais do que no segundo trimestre do ano passado.
Que ótimo! Reduzir o maior drama que vive o país é necessidade vital.
– 70% das novos empregos são “por conta própria”, informais, bicos. Assim vivem hoje as famílias de 24,1 milhões de trabalhadores;
– 12,8 milhões permanecem desempregados, sem acesso nem à precariedade, e 4,9 milhões submergiram no desalento;
– os que precisam trabalhar mais horas para sobreviver mas não conseguem – tecnicamente denominados subocupados – são 7,4 milhões, o maior valor da série histórica;
– somada a numeralha, 28,4 milhões de brasileiros estão subutilizados e 24,1 milhões estão no limbo do “por conta própria”. 52,5 milhões de pessoas, mais suas famílias, mergulhadas na tragédia;
– como desgraça pouca é bobagem, o rendimento real dos trabalhadores CAIU 1,3% de um trimestre para o outro e 0,2% em relação a 2018;
Fica, assim, facílimo entender a felicidade do cândido doutor Bracher, presidente do Itaú, que está achando o governo ótimo e a taxa de desemprego e o nível da renda do trabalho melhores ainda.
Nada como terra arrasada para pôr no sufoco a peãozada (e boa parte dos que trabalham menos com as mãos), topando de tudo por muito menos dinheiro. Dinheiro que se acumula nas contas dos cupinchas do doutor que ama o desemprego alheio.
Não é acidente, não é acaso, não é contingência. Desemprego alto e renda do trabalho baixa são intencionais, são vias para aumentar lucros às custas do medo e da má vida da maioria.
Os dados e os gráficos foram extraídos de reportagem do Valor, acessível via link nos comentários.
Fonte: Artur Araújo
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