Na madrugada da última sexta-feira (26) para sábado (27), a Terra Indígena Waiãpi, localizada no município de Pedra Branca do Amapari, no Amapá, foi invadida por um grupo armado de garimpeiros. O cacique Emyra Waiãpi foi assassinado a facadas. A morte foi confirmada pela FUNAI, entretanto, Jair Bolsonaro disse hoje que “não tem nenhum indício forte que esse índio foi assassinado lá”.
Em nota, a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) definiu Bolsonaro como o “maior inimigo dos povos indígenas atualmente”. De acordo com a COIAB, que integra a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), o governo federal vem atacando e criminalizando o movimento indígena com o “intuito único e exclusivo de privilegiar os históricos invasores das terras indígenas, seus aliados políticos, para a exploração ilegal de nossas terras”.
O território Waiãpi fica próximo à fronteira entre Amapá e Pará. Ali, vivem cerca de 1.300 indígenas em uma área de 6 mil km², rica em ouro e, por isso, desejada por garimpeiros e minerados. Parte do território faz parte da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), que o governo Temer tentou extinguir em setembro de 2017 via decreto presidencial. Apenas os indígenas têm o direito de extrair minerais, em escala artesanal.
O que Bolsonaro quer é liberar a mineração em terras indígenas, em parceria com os Estados Unidos. Ao atiçar a cobiça de garimpeiros e mineradoras e, ao mesmo tempo, proferir discursos racistas e de ódio contra os indígenas, o governo Bolsonaro se torna responsável pela morte do cacique Waiãpi. A política da ultra-direita para os povos do campo e da floresta é da morte e do terror.
Neste duro contexto, a Intersindical Central da Classe Trabalhadora reafirma sua solidariedade com o movimento indígena e espera que a segurança do povo Waiãpi possa ser garantida pelo Estado brasileiro, em conformidade à Constituição Federal de 1988.
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Mônica says:
O índio foi assassinado por garimpeiros e naonpode alguém do governo , aff vamos parar de mímimi