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Atenção: deputados ameaçam votar terceirização até quarta-feira

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O presidente da câmara dos deputados, o Mini-maia, afirmou nesta segunda, durante evento com grandes empresários em São Paulo, que parlamentares vão votar até quarta-feira o projeto que libera a terceirização e quarteirização de todas as atividades, no setor público e privado.

Com a mudança pretendida pelo governo do golpe, as empresas não serão mais obrigadas a contratar trabalhadores com carteira assinada e respeitar aos direitos estabelecidos nas convenções coletivas. Milhões de trabalhadores poderão ser demitidos e recontratados por firmas terceiras, com salários menores e precarização total dos direitos. Além de terceirizar, as firmas poderão quarteirizar a contratação da mão-de-obra.

Ao contrário do que diz a mídia, liberar a terceirização não vai gerar novos empregos. Na verdade, permitir o aumento da terceirização vai gerar mais desemprego, pois os trabalhadores terceirizados têm jornadas de trabalho maiores, apesar de ganhar bem menos. Ou seja, ao invés de contratar funcionários, aumenta-se a jornada de trabalho do trabalhador terceirizado, reduzindo os postos de trabalho.

Além de precarizar completamente os empregos, a terceirização geral e irrestrita, inclusive nas atividades fins, vai aumentar a corrupção no setor público. Basta observar que todo caso de corrupção envolve agente público e empresas privadas que fornecem materiais ou mão-de-obra para o setor público.

Na verdade, uma firma terceirizada “aluga pessoas” para o tomador, seja ele o poder público seja outra empresa privada. E quem se prejudica é o trabalhador.

A Intersindical, juntamente com outras entidades que compõem o Fórum Nacional dos Trabalhadores Ameaçados pela Terceirização, que há anos vem se articulando na luta contra o avanço da terceirização, está em Brasília para pressionar os deputados a adiar essa votação nefasta. Amanhã, às 15h, o Colégio de Líderes da Câmara se reúne para definir a pauta de votações.

“Pressão total sobre os deputados. É preciso que todos se posicionem nas redes, nas ruas e praças, nos locais de trabalho, nas bases dos deputados. Precisamos, também, fortalecer a unidade na construção da greve geral contra o desmonte dos nossos direitos”, alerta Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical.

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