A diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região protestou com manifestação na frente da agência do Santander, na Pça. Mauá, no centro de Santos/SP (onde fica a superintendência regional), sexta-feira (10/2), das 8h às 13h, contra as arbitrariedades como assédio moral, desrespeito à Convenção Coletiva de Trabalho, mudança unilateral do plano de saúde dos funcionários e demissões que estão ocorrendo no banco.
A diretoria do Sindicato colou cartazes com denúncias e exemplos de assédio no local de trabalho praticados diariamente.
“Um roteiro foi preparado para explicar didaticamente aos clientes e à população. Utilizamos o equipamento de som e distribuímos carta aberta para denunciar os maus tratos dispensados aos funcionários, as más e as doentias condições de trabalho”, explica Fabiano Couto, secretário de Comunicação do Sindicato e funcionário do banco. Além disso, a diretoria protocolou as denúncias na superintendência de Relações Sindicais do banco e os advogados do sindicato também enviaram um dossiê sobre o assédio para acionar o Ministério Público do Trabalho.
A prática de assédio moral pessoalmente dentro das agências e pelo WhatsApp dos funcionários do Santander é diária. A superintendência, na Baixada Santista, vem humilhando os subordinados com frases do tipo:
* Vou ter de arranjar alguém que tenha mais ambição pra trabalhar comigo.
* Se você não tem ambição… por que não dá o lugar pra outro?
* Pessoas como você, sem ambição… Está cheio aí fora!
O Santander também obriga os funcionários a fotografarem-se diariamente com o quadro de suas produções (vendas) e postarem no grupo de WhatsApp criado pelo superintendente. Expondo de forma deliberada os trabalhadores ao constrangimento total!
Não satisfeito, o banco espanhol faz ligações para os celulares e utiliza o aplicativo WhatsApp dos funcionários fora do horário de serviço, muitas vezes nos finais de semana para cobrar trabalho, metas, vendas, mais produção e assediar. Desrespeitando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada entre a presidência do Santander e o movimento sindical.
A CCT é clara na Cláusula 37/Monitoramento de Resultados: “É vedada, ao gestor, a cobrança de cumprimento de resultados por mensagens, no telefone particular do empregado”. Segundo diversas denúncias, um dos responsáveis pela cobrança e o constrangimento é o superintendente Vinicius Soranz.
“O ranqueamento e a exposição do trabalhador (a), caso seja comprovado, configuram-se em assédio moral”, diz Sirandi da Silva Santos, secretária de Saúde e Segurança do Trabalhador do Sindicato e funcionária do banco.
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