Os empregados da Caixa Econômica Federal e a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região vão paralisar unidades da Caixa Econômica em diversas cidades da Baixada, até às 12h, como forma de protesto contra a abertura do capital do único banco 100% público do País na bolsa de valores. Esta sexta, 27, é o Dia Nacional em Defesa da Caixa. No ato serão utilizados cartazes e será distribuída carta aberta esclarecendo as desvantagens de uma privatização para o Brasil.
“Claro que isso é um dos objetivos do ex-banqueiro do Bradesco e novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que está defendendo os interesses do mercado financeiro e não dos trabalhadores”, realça Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical.
Caso o banco tenha parte privatizada na bolsa de valores os especuladores vão colocar as mãos em diversos recursos repassados para fomentar o desenvolvimento do País. Por exemplo, a Caixa patrocina o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). Repassa recursos das loterias para projetos sociais e instituições subordinadas ao Governo federal atuando na área de esportes, seguridade social, educação, cultura e segurança penitenciária.
O banco centraliza operações como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), Programa de Integração Social (PIS) e Habitação popular (Programa de Arrendamento Residencial – PAR, Carta de Crédito, FGTS, entre outros). É agente pagador também do Bolsa Família, programa de complementação de renda do Governo Federal e do Seguro-desemprego.
Atua ainda no financiamento de obras públicas, principalmente voltadas para o saneamento básico, destinando recursos a estados e municípios. Também faz a intermediação de verbas do Governo federal destinadas ao setor público. Acima de tudo, a Caixa Econômica Federal é um órgão público controlado pelo Tesouro Nacional da República Federativa do Brasil.
O Sindicato dos Bancários de Santos e Região, filiado à Intersindical-Central da Classe Trabalhadora, repudia com veemência a abertura do capital do maior banco público da América Latina.
A Intersindical e a diretoria do Sindicato sempre estiveram engajadas para que os bancos públicos como a Caixa e Banco do Brasil façam seu papel social atuando na promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável do País, como instituição financeira, agente de políticas públicas e parceira estratégica do Estado brasileiro. É um crime empurrar o banco para o mercado financeiro e privatizá-lo, desviando bilhões do bolso dos trabalhadores para especuladores da bolsa.
Segundo relatou a nova equipe econômica de Dilma (dia 22/12, à Folha de São Paulo), o projeto seria fazer uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) daqui a um ano e meio aproximadamente, pois antes da operação, o banco teria de passar por um PROCESSO DE SANEAMENTO.
Leia a carta aberta à população
Diga NÃO à privatização da Caixa
Dilma quer privatizar a Caixa Econômica Federal e a luta é de todos: do povo brasileiro, dos trabalhadores, dos estudantes, do movimento sindical e dos bancários. Sua privatização vai afetar muito a população e os trabalhadores. O dinheiro dos trabalhadores irá para as mãos dos especuladores, porque o banco centraliza operações como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Programa de Integração Social (PIS). Financiamentos para Habitação Popular (Programa de Arrendamento Residencial – PAR, Carta de Crédito, FGTS, entre outros) ficarão mais caros, porque o objetivo não será mais social e sim LUCRO. O Bolsa Família correrá sério risco, assim como o Seguro-desemprego. Patrocínios podem acabar para o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), para recursos das loterias para projetos sociais de seguridade social, educação, cultura e segurança penitenciária.
A caixa é um patrimônio do povo brasileiro, a luta é sua e é nossa, vamos resistir!
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