Os atores Deo Garcez e João Vitti que interpretam os personagens principais no filme, ‘O Lucro Acima da Vida’, estarão na terça-feira (24/02) em Campinas e darão entrevista coletiva à imprensa antes da exibição do longa no Teatro Castro Mendes.
Deo Garcez é um experiente ator, já fez novelas como, O Cravo e a Rosa(Globo) e Escrava Isaura (Record). João Vitti também atuou na novela o Cravo e a Rosa e na série Milagres de Jesus da Record. O filho dele, Rafael Vitti, atualmente é um dos destaques da novela Malhação com o personagem Pedro.
Além de João Vitti e Deo Garcez outros atores do elenco participarão da exibição em Campinas. São eles: Mateus Carrieri, Delurdes Moraes, David Wendefilm, Michel Galiotto, Richards Paradizzi, Joel Barbosa.
Confirmaram presença para assistir à exibição na terça-feira, os atores Nicole Puzzi, Mônica Carvalho e Sandro Pedroso (namorado de Susana Vieira).
No elenco, além dos atores Deo Garcez e João Vitti, o filme conta com a participação de Aílton Graça, que interpreta a Xana Summer na novela Império, Zezé Motta e Pedro Pauleey, que estão na novela Boogie Oogie, também da Globo, Denis Derkian, ator que atuou na Malhação e na novela Insensato Coração (Globo) e Mateus Carrieri, que fez papéis nas novelas Amor com amor se paga (TV Globo) e Chiquititas (SBT).
O Lucro Acima da Vida é uma ficção baseada em fatos reais e que conta a triste história de contaminação por agrotóxicos dos trabalhadores da fábrica da Shell/Basf em Paulínia/SP. O filme quer reverberar essa triste história para que casos como este não se repitam. Por causa de anos de contaminação por agrotóxicos, cerca de 70 ex-trabalhadores já morreram, a maioria, em decorrência do câncer. O Caso Shell/ Basf tem a maior indenização por dano moral coletivo já determinada pela justiça brasileira. (R$200 milhões) .
O filme foi rodado em locações nas cidades de Campinas e Paulínia. Cerca de 100 ex- funcionários da Shell/Basf atuaram como figurantes.
O papel principal é do ator Deo Garcez . Ele interpreta o coordenador da Atesq, Associação dos Trabalhadores Expostos às Substâncias Químicas, entidade que junto com o Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas e região, encarou os 12 anos de batalha judicial.
Para o ator a oportunidade de participar deste filme é única. “Fazer parte de um projeto como este, que trata de uma tragédia humana e ambiental, em que tantas vidas foram perdidas, e o sofrimento ainda perdura, certamente dignifica e dá sentido a qualquer artista preocupado com sua função social”, declara o ator.
João Vitti é quem interpreta o diretor do Sindicato dos Químicos, Arlei Medeiros “Meu desejo é que esse filme, além de ser um brado contra a ganância desmedida, seja porta voz das vítimas do caso Shell”, disse João.
A direção é de Nic Nilson, jornalista e cineasta que já roteirizou e dirigiu vários filmes como, Turma do Capi e Um Natal Diferente. “Vamos mostrar essa história pela lente de quem viveu, lutou e segue com uma vida transformada pela inconsequência dessas multinacionais que no exterior estavam proibidas de produzir os agrotóxicos que vieram manipular no nosso país”, lembra o diretor.
O longa foi produzido pela Atesq (Associação dos Trabalhadores expostos às substâncias químicas), Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas e região e a Fetquim (Federação dos Trabalhadores do ramo Químico do Estado de São Paulo.) A produção contou ainda com centenas de doações de pessoas sensibilizadas e envolvidas na causa para finalizar o projeto.
– Em 1977 Shell inaugura fábrica de agrotóxicos no bairro Recanto dos Pássaros, em Paulínia, interior de São Paulo.
– Por décadas os trabalhadores manusearam substâncias altamente tóxicas ao organismo humano, compostas por substâncias organocloradas com potencial cancerígeno, além de respirarem metais pesados e outros componentes químicos que eram queimados nas caldeiras da fábrica.
– Em 1995, parte da área é vendida para a empresa Cyanamid e a Shell reconhece a contaminação do solo e águas subterrâneas. Por causa disso, a Shell adquiriu todas as plantações de legumes e verduras das chácaras ao entorno e passou a fornecer água potável à população.
– Em 2000, a Basf compra a Cyanamid e mantém a mesma atividade industrial.
– 2001 Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas e região entra na justiça contra as empresas
– Em 2002 o Ministério do Trabalho e Emprego, em ação conjunta com o Ministério Público do Trabalho, interdita todas as atividades da fábrica.
– Em 2007 a Justiça do Trabalho de Paulínia condena as empresas a custearem o tratamento médico de todos os ex-trabalhadores, assim como de seus filhos, e a pagar uma indenização por danos morais no valor total de R$ 1,1 bilhão.
– O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região negou recurso impetrado pelas empresas Shell do Brasil e Basf S/A contra decisão em primeira instância que condena as multinacionais ao custeio de tratamento de saúde de ex-funcionários e ao pagamento de uma indenização bilionária por danos morais.
– O caso vai parar no Tribunal Superior do Trabalho em Brasília-DF.
– Em 2013 as negociações são retomadas e um acordo é firmado entre as empresas e os ex-trabalhadores.O acordo fixou o direito ao tratamento médico vitalício para 1.058 ex-funcionários e dependentes, indenizações individuais e uma indenização por dano moral coletivo de R$ 200 milhões.
Atores João Vitti e Deo Garcez
Horário: 18h30
Teatro Castro Mendes
Endereço: Conselheiro Gomide, 62, na Vila Industrial, Campinas
Data:24/02/2015
Local: Teatro Castro Mendes
Endereço: Conselheiro Gomide, 62, na Vila Industrial
Horário: 20h
Entrada Gratuita
Data:25/02/2015
Local: Centro Educacional Unificado (CEU)
Endereço: rua Barão de Barroso do Amazonas, s/n, bairro Inácio Monteiro, distrito Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo/SP
Horário: 19H30
Assista à reportagem sobre a decisão do Tribunal Superior do Trabalho
www.tvmovimento.tv.br/meio-ambiente/shell-basf-condenacao-justica/
Assista ao trailer do filme:
www.tvmovimento.tv.br/caso-shell/o-lucro-acima-da-vida-trailer/
INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
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