Os empregados da Caixa Econômica Federal da agência Centro de Santos, Av. General Câmara, 15, em conjunto com a diretoria do Sindicato dos Bancários de Santos e Região paralisaram o atendimento ao público no “Dia Nacional de Luta”, quarta-feira 3/8, das 8h às 11h.
Inúmeros bancários e agências da Caixa, em todo o País, realizaram também o protesto contra a retirada de direitos dos empregados e pela manutenção do caráter 100% público do banco, ameaçado de privatização pelo governo interino de Michel Temer.
Entre os problemas enfrentados estão medidas que levam à extinção da função de caixa (com a substituição por ‘caixas minuto’, ou seja, bancários que exercem essa função por alguns momentos da jornada); ameaça à retirada do adicional de insalubridade dos avaliadores de penhor; situação dos tesoureiros que, antes subordinados à Giret (Gerência de Retaguarda), agora são lotados nas agências e passaram a responder aos gerentes-gerais dessas unidades, assumindo atribuições que não são do cargo; e condições precárias de trabalho nas agências, com a falta de pessoal.
A extinção das Rerets (Representação de Retaguarda), além de retirar a estrutura mínima de trabalho, sobrecarrega e impõe tarefas exclusivas de tesoureiros e caixas aos Técnicos Bancários Novos (TBNs), como conferência de assinaturas de cheques, situação agravada com metas.
“A falta de contratações e as mudanças unilaterais praticadas pela diretoria da Caixa Econômica Federal retira estruturas para sucatear serviços, isto indica o modelo neoliberal para privatização. Exatamente como aconteceu com as estatais Banespa, Nossa Caixa, Codesp, Cosipa, etc”, avisa Eneida Koury, presidente do sindicato dos Bancários de Santos e Região.
De acordo com a Presidente do Sindicato, a atual conjuntura de ataques aos direitos dos trabalhadores exige dos bancários muita mobilização para não serem privatizados e terceirizados, ter salários reduzidos, jornadas estendidas (inclusive aos sábados e domingos), sofrer demissão em massa, perder direitos, estabilidade (contidos nos acordos coletivos), aumento das metas, mais assédio, aumento da idade de aposentadoria (homens e mulheres) para 70 anos e para não perder a CLT. “Nesta Campanha Salarial, por exemplo, a mobilização deve ser para além do reajuste salarial ou PLR, porque está em jogo o emprego da categoria”, finaliza.
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