Começou na segunda-feira, dia primeiro, e prossegue até 31 de março, o Plano de Apoio à Aposentadoria da Caixa. Por meio dele, a instituição financeira pretende desligar 1500 trabalhadores e trabalhadoras, sendo que no ano passado, o mesmo programa foi responsável pelo desligamento de 3200 bancários e bancárias. Com o PAA deste ano, o número de empregados da Caixa, que já chegou a 101 mil, pode terminar 2016 em torno de 95 mil.
Segundo a Caixa, em reunião com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a Contraf, realizada em 28 de janeiro, apesar do desligamento de milhares de funcionários e funcionárias por meio do PAA, a instituição financeira não irá repor vagas.
“Com isso, a Caixa deixa claro que não quer cumprir a cláusula 50 do Acordo Coletivo 2014/2015, que previa a contratação de mais 2 mil empregados. O resultado disso será uma escassez ainda maior de trabalhadores e, consequentemente, a piora dos condições de trabalho, causando o aumento de doenças ocupacionais, como LER e doenças e psíquicas, além da pressão por metas. Vale destacar que enquanto isso a Caixa alcança lucros cada vez mais altos”, diz a diretora do Sindicato dos Bancários/ES, Lizandre Borges.
Ela destaca, ainda, que a falta de empregados pode fazer com que a Caixa volte a ficar em primeiro lugar no ranking de queixas de clientes do Banco Central. “A Caixa tem liderado esse ranking nos últimos tempos. O último foi divulgado em janeiro e corresponde ao segundo semestre de 2015. A Caixa recebeu 5.120 reclamações consideradas procedentes, ficando em primeiro lugar. Uma das causas da insatisfação dos clientes certamente tem a ver com a falta de funcionários, que traz diversos problemas, como demora no atendimento”, afirma Lizandre.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo
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