A votação mais polêmica da agenda do golpe contra o povo brasileiro na Câmara dos Deputados está prevista para acontecer na manhã desta terça-feira (18). Faltam votar os destaques que alteram o texto original do projeto (PL 4567/16), um lobby das grandes petrolíferas internacionais para ficar com a tecnologia de exploração e comercialização do pré-sal da Petrobras.
E apesar do argumento inicial defendido pelo autor do projeto, o então senador José Serra (PSDB-SP), de que a Petrobras não tem condições de se manter na exploração do pré-sal por enfrentar uma séria crise financeira, as ações da Petrobras já registram forte valorização. Os papéis ordinários (com direito a voto em assembleia de acionistas) fecharam na última sexta-feira (14) com alta de 2,29%. E as ações preferenciais (com preferência na distribuição de dividendos) subiram 3,17%.
O pré-sal é uma camada de petróleo que está depositada nas profundezas do oceano. A Petrobras tem reservas estimadas em 176 bilhões de barris e desenvolveu uma tecnologia única e barata de extração deste óleo. Atualmente já são extraídos diariamente mais de 1 milhão de barris desta fonte.
A análise das mudanças no pré-sal poderá ser adiada por causa de uma sessão do Congresso marcada, para às 11 horas da terça-feira, que vai apreciar os vetos presidenciais que trancam a pauta. Em destaque estão a Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLN 2/16) – que assim como a PEC 241/16 também congela os gastos públicos e os vinculam apenas à inflação. No entanto, existe a possibilidade de que ocorra o mesmo que na última sessão – a falta de quórum no Congresso para apreciar os vetos. E neste caso a votação da entrega do pré-sal às petrolíferas mundiais fica mantida.
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