A Intersindical Central da Classe Trabalhadora manifesta sua indignação pelo assassinato do Presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Rio Maria no Pará, o companheiro Carlos Pereira Cabral no dia 11 de junho. O crime ocorreu nas proximidades da sua residência no Município de Rio Maria, localizado no sul do Estado do Pará.
A morte de sindicalistas na região não é um fato isolado, o companheiro Carlos Cabral é o quarto dirigente do seu sindicato a ser assassinado. A ação de pistoleiros assassinaram João Canuto (1985), Braz Oliveira (1990) e Expedito Ribeiro (1991), o primeiro da família de Cabral. O primeiro sindicalista morto ainda teve três filhos sequestrados e dois deles mortos por pistoleiros.
Cabral já havia sido vítima de uma tentativa de assassinato em 1990, mas conseguiu sobreviver ao ferimento. Continuou firme e combativo na luta pela reforma agrária e valorização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, motivo porque foi perseguido nos últimos 30 anos.
A violência se intensifica na região em razão da permanência a estrutura agrária concentrada nas mãos de poucos fazendeiros e na convivência do poder público que gera impunidade e encoraja mais crimes contra lideranças populares. Entre pistoleiros e mandantes dos todos crimes contra os dirigentes do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Rio Maria, apenas 1 cumpriu integralmente a pena, 2 foram condenados mas nunca cumpriram a pena e encontram-se em liberdade, 1 teve a pena perdoada pelo TJ-GO, 3 foram condenados e presos mas tiveram fuga facilitada nos presídios e estão soltos, outros assassinos foram identificados mais nunca foram a júri popular.
A Intersindical se soma a dor da família e dos amigos e militantes do STTR de Rio Maria. E ainda exigimos uma investigação que de fato apure e condene os executores e mandantes, e que os mesmo cumpram integralmente a pena. Não podemos tolerar o silenciamento e a morte de sindicalistas, lideranças populares e lutadores e lutadoras dos direitos do povo.
Cabral Presente! Agora e sempre!
São Paulo, 12 de junho de 2019
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
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