Inês Paz, dirigente estadual da APEOESP/Intersindical, fez uma breve retrospectiva do desmonte da educação que os governos Temer e Bolsonaro vêm promovendo para favorecer a iniciativa privada e criar uma massa de excluídos sem poder de voz e de ação.
“Anísio Teixeira, secretário da educação em 1947, já defendia a educação como instrumento para a construção da democracia e o alcance da justiça social. A gente sabe que conhecimento é poder, por isso esses governos estão retirando a educação pública como direito social garantido em nossa Constituição”, lembrou Paz.
Outra questão que tem a ver com o desmonte da escola pública é a Escola Sem Partido, que foi plataforma eleitoral de 2016. “O que a Escola Sem Partido defende é tirar a autonomia dos professores, educadores, da pluralidade de pensamento, do debate de concepções ideológicas, é uma forma de impedir a pluralidade de ideias e a autonomia de discutir as diversas posições de conhecimento”.
Muitos prefeitos já lançaram a Escola Sem Partido em campanha. “Dentro dessa concepção de conjuntura que o governo Bolsonaro coloca, a proposta está muito mais comprometida com a violência com política de do que ter a educação como política de Estado”, afirmou.
Na reforma do ensino médio, que já foi aprovada, houve o engessamento do currículo. “A intenção é não permitir a diversidade, colocando a questão do ensino médio a distância, tirando nossos educandos do convívio social”, explicou.
Inês Paz lembrou que a Emenda Constitucional 95 “desconstroi todos os direitos sociais educação,saúde, transporte, moradia”. “Abandonaram a ideia de país, nossas riquezas estão sendo mandadas para fora, o que está minimamente garantido na educação é o Fundeb, mas o Ensino Médio não está colocado como prioridade de investimento, estão jogando nas mãos da iniciativa privada ou no nada”.
Texto: Tsuli Turbiani
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