Não há justificativa para as demissões. O Santander apresentou lucro de 3,8 bilhões de reais, nos primeiros três meses do ano, alta de 10,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro obtido no Brasil representou 29% do lucro global.
Crise para os bancos? O Governo Federal brasileiro liberou aos bancos mais de R$ 1 trilhão, o que desmente a justificativa do Santander em demitir por conta de ajuste econômico gerado pela crise.
Em março, o Santander se comprometeu publicamente em mesa de negociação com o movimento sindical em suspender as demissões que poderiam estar em andamento e a não demitir enquanto a pandemia perdurar no país. O que mudou Santander?
O desrespeito do Santander não é somente com o trabalhador, mas toda a sociedade brasileira. As práticas antissindicais do banco se tornaram frequentes e o desrespeito só aumenta. Você trabalharia em um banco que pode te demitir durante uma pandemia?
O Santander justificou as demissões durante a pandemia declarando que a “meritocracia é um dos grandes valores da instituição”. Em média, a diretoria executiva do banco recebeu 9,4 mi em 2019, será que eles têm o mesmo tratamento dos trabalhadores?
O Santander opera como concessão pública no Brasil, país do qual retira a maior parcela do seu lucro mundial. E deve oferecer contrapartidas, como tarifas e taxas não extorsivas e não contribuir para a já elevada taxa de desemprego no país.
Se o Santander não está realizando demissões nos outros países onde opera, queremos o mesmo tratamento no Brasil. Reivindicamos que a negociação e os acordos firmados com os representantes dos trabalhadores sejam respeitados.
Realizar demissões em meio a uma pandemia global, da qual o Brasil é o novo epicentro, é praticar uma gestão desumana. Se em condições normais já é difícil conseguir uma recolocação profissional, imaginamos como os trabalhadores vão ficar agora.
#SantanderRespeiteOBrasil
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo
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