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CTB, Nova Central e Intersindical defendem uma solução diplomática para o conflito no leste europeu

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A tensão geopolítica no leste europeu ganhou uma nova e perigosa dimensão com o conflito bélico entre Rússia e Ucrânia. Embora o presidente russo, Vladimir Putin, seja apontado como grande vilão pela mídia hegemônica o por pano de fundo do confronto é a política agressiva dos Estados Unidos na região, conforme denunciam em nota a CTB, a Nova Central e a Intersindical. Saiba mais lendo a íntegra da nota:

Defendemos uma solução diplomática imediata para o conflito instalado no leste da Europa envolvendo Rússia e Ucrânia. Paz, garantia de trabalho decente, justiça social, respeito à vida e à dignidade da vida humana são valores pelos quais lutamos incansavelmente.

Vivemos uma conjuntura marcada pela crise da ordem capitalista internacional liderada pelos Estados Unidos e, por consequência, uma fase de conturbada transição para uma nova configuração geopolítica. De um lado, vemos o declínio da potência hegemônica e, do outro, a ascensão da China e o renascimento da Rússia.

É necessário compreender e assinalar que a principal causa do acirramento das tensões geopolíticas é a diplomacia agressiva dos EUA que tem objetivo a recomposição e ampliação da sua hegemonia sobre o mundo, a contenção da China e a humilhação da Rússia.

Desde a implosão da União Soviética, em 1991, Washington promove uma política hostil à Rússia, com a expansão da Otan e o patrocínio de golpes de Estado travestidos de “revoluções coloridas”, fenômenos caraterizados por analistas como guerra híbrida.

Nada menos que 14 países do antigo bloco soviético já foram incorporadas à aliança militar ocidental e não é sem motivo que os líderes do Kremlin, sentindo-se cercados e marginalizados pelo chamado Ocidente, reclamam e reagem.

O confronto militar na Ucrânia, que também sofreu um golpe de Estado liderado por neonazistas e apoiado pelos EUA em 2014, é a última e mais grave consequência das hostilidades imperialistas. A solução do conflito passa pela interrupção do processo de expansão da Otan e o compromisso de neutralidade da Ucrânia.

Como representantes das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, apelamos pelo cessar fogo imediato, pela paz e defesa da população mais vulnerável que paga um preço muito alto, que muitas vezes significa o sacrifício da própria vida.

São Paulo, 25 de fevereiro de 2022

Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)

Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical (Central da Classe Trabalhadora)

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