O Sistema de Acompanhamento de Salários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (SAS-DIEESE) verificou que o 1º semestre deste ano obteve o pior resultado para os trabalhadores brasileiros desde o início da contagem, em 2008.
Nos primeiros seis meses deste ano, 14,6% das negociações salariais ficaram abaixo da inflação pelo INPC-IBGE (contra 2,6% no mesmo período do ano de 2014), ou seja, reduziram o poder de compra dos trabalhadores.
As negociações que empataram com a inflação subiram. Passaram de 4,6% no ano passado para 16,9% atuais.
E as negociações que ficaram acima da inflação? No 1º semestre de 2014 eram 92,7% e agora caíram para 68,5%. Dentre esse porcentual, 44% das negociações se concentraram na faixa de até 1% de ganho real.
Já o valor médio do aumento real dos salários, que antes era de 1,46% agora caiu para 0,51%.
Questão de interpretação
A grande mídia tem estampado que 69% das negociações salariais conquistaram aumentos reais sem, contudo, comparar com os índices de anos anteriores. Para se ter uma ideia: em 2013 foram 83,7%;em 2012 foram 95,7% e em 2011 foram 83,7%. O resultado de 2015 foi o pior desde 2008 (77,5%) quando este tipo de estatística começou a ser computada.
Não é novidade para a esquerda que esse tipo de crise econômica fabricada pela direita tem como um dos objetivos o achatamento de salários. É preciso fortalecer a luta e conscientizar os trabalhadores!
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