A Caixa divulgou a criação do Programa Eficiência, cujo objetivo é reduzir as despesas operacionais em R$ 2,5 bilhões até 2019. Para diretora do Sindicato dos Bancários/ES Lizandre Borges a iniciativa é mais um ataque à atuação da Caixa na área social e na execução de políticas públicas, além de poder atacar diretamente os trabalhadores e trabalhadoras, acarretando mais retirada de direitos, intensificação do assédio moral e dos adoecimentos
Em comunicado interno, a Caixa divulgou na quinta-feira, 19, a criação do Programa Eficiência, cujo objetivo é reduzir as despesas operacionais em R$ 2,5 bilhões até 2019. Segundo a Caixa, o primeiro foco será “eficiência e redução de despesas”, seguido de “processos e pessoas”. Esse trabalho será coordenado pela Diretoria de Organização e Estratégia (Deore) e abrangerá todas as 22 diretorias do banco. A instituição financeira quer implementar o programa em fases, durante 18 meses.
Para a diretora do Sindicato dos Bancários/ES os bancários e bancárias da Caixa precisam ficar atentos ao que de fato significa o Programa Eficiência. Ela alerta que essa iniciativa trata-se de mais um atentado ao papel social da Caixa.
“Parece ser mais um ataque à atuação da Caixa na área social e na execução de políticas públicas, como as de distribuição de renda, saneamento e outras que o banco executa. Temos preocupação de que o pilar processos e pessoas, que é uma das fases do Programa Eficiência, vai atacar diretamente os trabalhadores e trabalhadoras, acarretando mais retirada de direitos, intensificação do assédio moral e dos adoecimentos”, afirma Lizandre.
Até o momento, a representação dos empregados não recebeu nenhuma informação oficial do banco sobre os impactos das mudanças provocadas pela reestruturação e sobre como ficará a situação dos empregados afetados. Portanto, o banco está descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho, já que o documento prevê que a Caixa deve debater previamente com as entidades representativas qualquer medida relativa a programas de reestruturação.
O presidente da Fenae afirma que, diante da atual conjuntura de ameaças privatistas e de ataques aos trabalhadores e aos seus direitos, vindas do atual governo e de pré-candidatos de direita à Presidência da República, “é fundamental que os empregados da Caixa se mobilizem contra as medidas de retrocessos embutidas nessa nova reestruturação”. Ele considera imprescindível a participação de todos os trabalhadores e trabalhadoras nesse processo, com discussão nos locais de trabalho de estratégias de defesa dos direitos e do Acordo Coletivo de Trabalho.
Lizandre destaca que é fundamental a participação de todos os trabalhadores e trabalhadoras na Campanha Nacional 2018, que teve início com a Conferência Estadual dos Bancários e das Bancárias. A diretora do sindicato afirma que a adesão maciça à greve é essencial para barrar a reestruturação anunciada pela Caixa e tantas outras formas de retirada de direitos, ataques ao papel social do banco e à Caixa 100% pública.
Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo
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