O coletivo de mulheres da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora vem a público se manifestar por mais um caso de barbárie ocorrido contra as mulheres de nosso país. Gostaríamos de nos solidarizar à jovem de 16 anos que teve seu corpo violentado no último domingo no Rio de Janeiro. O estupro dói na alma, como ela mesmo disse em suas redes sociais, e a superação deste momento perpassa a união, principalmente, da vítima com outras mulheres. Estamos lutando, de verdade, para que isso nunca mais ocorra.
A cultura do estupro é uma realidade em nossa sociedade e este episódio escancara o quanto a luta feminista é fundamental e urgente.
A exatamente um ano (27-05-2015), quatro meninas, também menores de idade, foram vítimas de um estupro coletivo no Piauí. Uma delas faleceu após 10 dias internada por conta violência.
No entanto, estes não são casos isolados, pois a cada 11 minutos uma mulher é estuprada no país.
Precisamos seguir denunciando e combatendo cada ato de violência sexual, física e psicológica às mulheres. Nossa luta é e será árdua. O governo golpista de Michel Temer, junto com seu “machistério” criminoso, nos coloca a frente de uma grande tarefa. Trata-se de um plano de governo que corrobora, apoia e institucionaliza o machismo-patriarcalismo no país. Um triste exemplo é o caso de Alexandre Frota que certa vez contou em tom jocoso, sob aplausos da plateia, uma história de estupro cometido por ele em cadeia nacional, e, ironicamente, no mesmo dia em que o caso do estupro no Rio de Janeiro veio à tona, o mesmo foi recebido pelo ministro da educação deste governo golpista.
O combate à cultura do estupro passa por acabar com a culpabilização da vítima e à responsabilização dos agressores. São os homens que estupram, então são os homens que devem parar! São os homens que devem ser presos!
Queremos ressaltar que os homens que realizaram a violência contra a vítima do Rio de Janeiro não podem se esconder em nenhuma palavra como doentes ou perturbados, mas são sim fruto de uma sociedade que valoriza a objetificação das mulheres, como seres sem vontades e sem direitos.
Repudiamos e estamos na luta contra este e outros tipos de barbárie e violência contra mulher. Nossa campanha “Basta de violência” expressa o quão é essencial olharmos para a situação da mulher na sociedade. Repudiamos, por fim, toda a vitimização que se dá pela exposição social da vítima. Não vamos nos calar. Não devemos aceitar.
Estamos todas indignadas e vamos fazer disso nosso instrumento de luta!
Basta de violência sexual! Nenhuma a menos!
Toda solidariedade às mulheres e mais força para lutar.
BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES!
Mulheres da Intersindical
Comentários