INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora
Ao final do expediente desta quinta-feira, 02, o Estaleiro Mauá – controlado pela Eisa Petro Um – entregou carta aos 2 mil funcionários informando que não devem retornar ao trabalho até segunda ordem. Fez isso na mesma semana em que implantou o terror entre os trabalhadores. Demitiu 1.100 pessoas numa manhã. À tarde, dispensou mais 400. Nos dois dias seguintes, ainda demitiria mais 600 metalúrgicos do setor naval.
Sequer as verbas rescisórias foram pagas no dia acertado.
A empresa alega que precisa adequar suas questões financeiras com a crise no setor, mas ignora o fato de que apresentou lucros formidáveis nos últimos anos. Na primeira dificuldade joga nas costas de milhares de funcionários a conta de uma crise que não foi provocada pelos trabalhadores.
“Os trabalhadores esperam que o estaleiro ou a Petrobrás encontrem outras saídas, que não penalizem os trabalhadores”, afirma José Batista Júnior, que é dirigente sindical da categoria.
Na opinião de Júnior Metalúrgico, como é conhecido, o trabalhador não pode ser penalizado pela má gestão do estaleiro ou pela corrupção no setor. “É necessário que o governo e a Petrobrás ajam para mudar o controle acionário da empresa e manter o estaleiro funcionando, para o bem dos trabalhadores e da economia brasileira”.
O metalúrgico critica a atuação do presidente do sindicato da categoria. “Cometeu muitos erros nos últimos anos e deixou nosso sindicato enfraquecido, desacreditado. Mas a união da categoria e o diálogo com a sociedade na defesa da política de conteúdo local podem permitir a garantia dos empregos e dos interesses nacionais” acredita Júnior, que coordenada um grupo de metalúrgicos em oposição ao atual presidente do sindicato da categoria. “Nos próximos dias a categoria vai se mobilizar e promete aumentar a pressão social” conclui Júnior Metalúrgico, que também é dirigente da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.
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