A categoria segue para o 10º dia da greve diante da irresponsabilidade e o desrespeito dos bancos com a categoria, clientes e população. Os bancos falam em crise apesar de terem lucrado mais de 30 bilhões no 1º semestre deste ano. Em 2015 foram 70 bilhões. Nesta quinta-feira (15) tem nova negociação, às 16h. A greve é por tempo indeterminado!
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está irredutível em aplicar reajuste com índice abaixo da inflação para àqueles que trabalham, lucram e enchem os cofres dos banqueiros, mais do que qualquer outro setor da economia. Os cinco maiores bancos tiveram o lucro mais alto, entre todos, no 1º semestre: R$ 29,7 bilhões (Itaú, Bradesco, Santander, BB e Caixa).
Mesmo assim, irônicos, dizem só poder reajustar salários abaixo da inflação e conceder abono. Claro, com objetivo de rebaixar salários. Além disso, demitiram juntos 13.606 bancários e bancárias.
“Alguns bancos estão demitindo ilegalmente em plena greve, o que é inadmissível de todos os ângulos, ou seja, jurídico e social. Uma prática dirigida para sobrecarregar de trabalho de seus funcionários. O esvaziamento das agências é um quadro perverso para trabalhadores e clientes que engorda os cofres dos banqueiros”, alerta Ricardo Saraiva Big, secretário geral do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
“Não toleramos desrespeito com os trabalhadores e a tentativa de desvalorizar os salários. Vamos, caso a Fenaban insista no rebaixamento do índice, ampliar e fortalecer ainda mais a greve ”, diz Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região.
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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