A General Motors demitiu 517 dos 798 trabalhadores da unidade de São José dos Campos (SP) que estavam com os contratos de trabalho suspensos por ‘layoff‘ desde agosto do ano passado. As homologações foram iniciadas na segunda-feira (1/02).
Os trabalhadores estão agora sem receber qualquer tipo de recurso, uma vez que durante o layoff o governo paga até R$ 1.385,91 do seguro-desemprego a cada funcionário do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A complementação dos vencimentos fica a cargo de cada empresa – que pode inteirar o restante do salário ou pagar apenas uma parte.
“Os trabalhadores tomaram um pontapé, foram sacaneados, agora são demitidos e não tem mais direito ao seguro-desemprego pois o layoff usa recursos do FAT”, lembra Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora.
Demissões na GM
Em agosto de 2015, um grupo de 798 trabalhadores foi demitido pela GM. A empresa recuou duas semanas depois de fazer um acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos na Justiça do Trabalho (TRT).
Os funcionários aderiram então ao ‘layoff’ sem estabilidade, adiando as demissões por cinco meses.
Do total de trabalhadores com contratos suspensos, apenas 45 retornaram aos postos de trabalho e outros 68 entraram com pedido de afastamento. Segundo a montadora, o último grupo também deve ser demitido ao fim das licenças.
Mais de 160 profissionais já haviam se desligado da empresa, por adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV).
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