Greve do funcionalismo público do Paraná: É GRAVE, É GREVE

Greve do funcionalismo público do Paraná: É GRAVE, É GREVE
Imagem: Comunicação da Intersindical
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O funcionalismo público do Paraná tem vivido um desmonte desde que o governador Beto Richa assumiu o o estado em 2011, atacando os trabalhadores com medidas de austeridade e desmonte do setor público. Em 2015 encaminhou a ALEP um pacote de medidas (que ficou conhecido como “pacotaço de maldades”) onde propunha, dentre outros aspectos, uma migração de massas entre os fundos previdenciários do Estado, algo que inviabilizaria, no longo prazo, o pagamento de aposentadorias e benefícios.

A categoria perdeu esta negociação e o governo promoveu o rombo do Paraná Previdência, porém saímos com a promessa do pagamento da data base, que na época não chegava a 4% e que o governo Beto Richa não mexeria nos planos de carreira do funcionalismo público. Em 2018 ao assumir o governo do estado, Ratinho Junior também está promovendo medidas semelhantes de desmonte ao setor público, onde afirma não ter condições de pagar a data base, que hoje está acumulada em 17% e se recusa a dialogar com os sindicatos das categorias públicas e, para intensificar as medidas de austeridade, encaminhou para a ALEP o PLC 04/2019.

Nele, Ratinho Jr. propõe o congelamento dos planos de cargos e carreiras – promoções, progressões, quinquênio e licença especial dos funcionários público – corte de auxílio transporte e alimentação durante as férias e licenças médicas por um período de 20 anos, além de indicar que durante este período não haverá concursos públicos e a correção da própria data base.

Iniciamos no dia 25/06 uma greve unificada dos setores públicos, puxada pelo FES (Fórum das Entidades Sindicais), contando com participação dos sindicatos filiados ao Andes. Essas entidades chegaram ao concesso de que este era o momento propício para uma greve, dada a recusa do governador pela via do diálogo.

Vale dizer que desde o dia 29/04, representantes do FES negociaram com representantes do governo, onde foram feitas 8 reuniões. Não houve acordo, uma vez que Ratinho Junior se nega a negociar com o FES, alegando que neste momento não há condições do pagamento da data base, pois para isso causaria um rombo de 1 bilhão aos cofres públicos.

No entanto a mesa de negociação não está pedindo os 17% e sim 4,95% ao governo o que daria um total de 700 milhões. Mesmo que fosse 1 bi: o governo dá isenções aos grandes empresários e ao agronegócio no valor de 10 bi! Pagar a data base não é rombo aos cofres públicos e sim lei que deve ser cumprida a todos os trabalhadores. Alegamos desde 2016 que não estamos pedindo aumento de salário e sim cumprimento da lei.

Hoje, dia 01/07 todas as categorias do funcionalismo público foram convocados a fazer um ato em Curitiba para mostrar sua força com o povo na rua, clamando por suas demandas. Foi nosso único caminho, pois Ratinho Junior tem usado descaradamente a mídia para desqualificar os grevistas alegando que é uma greve de pouca adesão, que nao passam de professores sindicalistas e que não sentará com grevistas para negociar – a greve hoje chega à 60 por cento de participação do funcionalismo.

A pressão segue! Pela retirada do PLC04/2019! Pelo pagamento da reposição salarial! Pela abertura de concursos públicos!

#ÉGRAVE
#ÉGREVE
#ESTAMOSemLUTA

Maria Andreia Dias
Direção nacional da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Professora da rede estadual de ensino do Paraná

Cláudio Dias – PCLCP (Polo Comunista Luís Carlos Prestes)
Professor da rede estadual de ensino do Paraná

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