Os bancários estão aumentando as paralisações e vão para 15º dia de greve contra a intransigência dos bancos, que querem impor aumento abaixo da inflação. Em Santos 90% cruzaram os braços. Nas demais cidades 70%
Parece inacreditável, mas os bancos que mais lucram no mundo, sim no mundo, oferecem reajuste abaixo da “manipulada” inflação de 9,62%. As filiais do Santander no Brasil são as que dão o maior lucro aos espanhóis, o Itaú, BB e Bradesco figuram entre os primeiros do ranking mundial de rentabilidade. Mesmo assim, os bancos, irredutíveis, continuam oferecendo 7% e abono único de R$ 3,300.
Agora para os clientes a taxa de juros do cheque especial bate recordes a cada mês. De acordo com dados do Banco Central (BC), chegou a 318,4% ao ano, no mês de julho (última pesquisa divulgada). No cartão de crédito, os números são ainda piores, com taxa de juros de 470,7% ao ano. Neste ano, essa taxa já subiu 39,3 pontos percentuais.
Os lucros são astronômicos! Em contrapartida, o emprego só diminui. Os cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) lucraram R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016, mas, por outro lado, houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano. Entre 2012 e 2015, o setor já reduziu mais de 34 mil empregos.
“A intransigência impera entre os banqueiros, que tentam rebaixar o piso e os salários de nossa categoria com reajuste abaixo da inflação mesmo obtendo lucros bilionários recordes nas últimas décadas”, lembra Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região. A greve é unificada, nacional e por tempo indeterminado!
Reajuste salarial: reposição da inflação (9,57%) mais 5% de reajuste;
PLR: 3 salários mais R$8.317,90;
Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);
Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo);
Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês;
13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês;
Melhores condições de trabalho com o fim das metas e do assédio moral que adoecem os bancários;
Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários;
Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;
Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;
Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).
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