Greve dos Correios contra precarização da carreira termina, mas trabalhadores não veem avanços

Greve dos Correios contra precarização da carreira termina
Imagem: Comunicação da Intersindical
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Fim da greve dos Correios

Terminou nesta quarta-feira (14) a greve dos trabalhadores dos correios que durou 3 dias, desde o dia 11 de março.

Os trabalhadores iniciaram a greve contra cobrança de mensalidades no plano, contra o sucateamento da empresa, contra o fim dos cargos de OTTs e atendentes comerciais.

Plano de saúde

A categoria estava em luta também contra o fechamento das agências postais, e exigindo a contratação de novos funcionários através de concurso público.

Desde a implantação da postal saúde, a empresa vem reclamando de déficit nas contas, porém há a denúncia de desvios e superfaturamento nos procedimentos e em equipamentos usados em cirurgias.

Em julgamento nesta segunda-feira 12 de março o pleno do TST, decidiu por maioria autorizar a cobrança de mensalidade no plano de saúde dos servidores.

De acordo com a decisão, o plano de saúde continuará a atender empregados ativos, aposentados, cônjuges, companheiros, filhos menores de idade e pais e mães dos titulares.

No entanto, ficou fixado o pagamento de mensalidade, exceto para pais e mães, e a coparticipação para todos os que utilizarem o plano.

A mensalidade vai variar de 2,50% até 4,40%, de acordo com a remuneração recebida, de forma que quem ganhe mais contribua com um percentual maior.

Por exemplo, os empregados que recebem até R$ 2.500 pagarão mensalidade correspondente a 2,5%, e quem tem remuneração superior a R$ 20 mil estará sujeito ao percentual de 4,40%.

A mensalidade para cônjuges e companheiros ou companheiras equivalerá a 60% da mensalidade do titular, e, para filho, filha ou menor sob guarda, o percentual será de 35%.

No entanto todos terão responsabilidade sobre as despesas no plano de saúde, sendo que os empregados e seus dependentes arcarão com 30% dos custos e a empresa mantenedora arcará com os 70% restantes.

Déficit de servidores

Nos últimos anos mais 20.000 trabalhadores foram demitidos da empresa, enquanto no mesmo período o número de encomendas praticamente dobrou, o tem ocasionado uma sobrecarga enorme aos atuais servidores, causando também um grande número de lesões por esforço repetitivo.

O último concurso da categoria aconteceu em 2011, e desde então nenhum novo trabalhador foi contratado.

A INTERSINDICAL Central da Classe Trabalhadora demostra todo seu apoio e solidariedade a luta dos trabalhadores dos correios e se coloca a disposição da categoria.

Também repudiamos a atitude desta justiça burguesa que massacra e oprime a população pobre, com suas decisões parciais sempre a favor do grande capital.

Os ministros dos tribunais e os juízes estão programando um ato para defender seu auxílio moradia.

Um juiz recebe em média R$ 30.000,00 e mais R$ 4.000,00 de auxílio moradia.

O trabalhador dos correios recebe em média R$ 1.600,00 e vai ter que pagar R$ 420,00 de convênio médico.

QUE JUSTIÇA É ESSA!


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