Setores importantes da classe trabalhadora brasileira cruzaram os braços e deram um sinal claro e contundente ao governo, aos deputados e às mentiras da grande mídia.
As lutas no dia 14 de junho foram marcantes em vários sentidos. Contou com a adesão de mais de 45 milhões de trabalhadores e trabalhadoras, houve paralisações em centenas de cidades, e reuniu multidões em grandes manifestações no interior do Brasil, no litoral e nas capitais.
O alcance da Greve Geral é resultado da unidade do movimento sindical com as frentes e movimentos, do diálogo e unidade com o movimento estudantil e a juventude, e do compromisso com a defesa da previdência social, da educação pública e de empregos pra toda nossa população trabalhadora.
Foram inúmeros debates, atos, panfletagens, aulas públicas, cursos de formação, banquinhas de coleta de assinatura do abaixo assinado e diálogo com a população, assembleias nos locais de trabalho e nas categorias. Tudo isso contribuiu para o sucesso doas mobilizações do dia 14 de junho. Cabe destacar, a importância do 1° de Maio unificado e as mobilizações dos dias 15 e 30 de maio.
Saudamos o empenho dos sindicatos ligados à Intersindical, e às demais organizações que não recuaram do compromisso coletivo de garantir a paralisação nacional.
Devemos agora intensificar o trabalho de base e o diálogo amplo na sociedade para o esclarecimento dos malefícios contidos no relatório do Deputado Samuel Moreira (PSDB/SP) que estabelece idade mínima de 62 e 65 anos para mulheres e homens se aposentar, acaba com a aposentadoria por tempo de contribuição, reduz fortemente o valor do benefício de quem ganha até três salários mínimos, corta brutalmente o valor das pensões e corta mais de R$ 750 bilhões em dez anos dos mais pobres.
É preciso barrar a aprovação desse relatório, bem como impedir que o governo Bolsonaro volte a pautar o regime de capitalização para entregar a previdência para o capital financeiro. É o que o povo brasileiro fará, com unidade e mobilização social.
Texto: Pedro Otoni
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