O banqueiro Paulo Guedes, indicado por Bolsonaro para o Ministério da Fazenda, afirmou nesta terça-feira que o governo recém-eleito deve encaminhar ao Congresso projeto para conferir independência do Banco Central. Segundo o guru do capitão, essa será a última vez que um governo vai indicar um novo presidente da instituição.
Além de passar “de papel passado” o comando da economia para os barões do capital financeiro, colocando de vez a raposa para cuidar do galinheiro, Paulo Guedes reafirmou o convite ao atual presidente do BC, o banqueiro Ilan Goldfayn, ligado ao maior banco privado do país, o Itaú.
A manutenção de Ilan no BC indica o que a Intersindical vem denunciando nos últimos meses: na economia, Bolsonaro é Temer! Bolsonaro foi Temer na deforma trabalhista, foi Temer nas privatizações e agora deve manter boa parte da equipe econômica do amigo do Rocha Loures.
Se é verdade que o Banco Central nunca deixou de ser um escritório de representação da banca privada, é verdade também que mudar o estatuto legal para a chamada independência significaria oficializar a entrega do BC aos sanguessugas do sistema financeiro.
“Os níveis de emprego, o ritmo de atividade econômica e o poder de compra dos salários, por exemplo, ficarão absolutamente sob o controle dos maganos, nacionais ou estrangeiros”, afirma Edson Carneiro Indio, bancário e Secretário Geral da Intersindical.
Projeto dos sonhos dos rentistas, a independência do Banco Central jamais conseguiu avançar no país, dado à resistência dos setores sociais comprometidos com a soberania nacional e a soberania do voto popular, já que os governos eleitos terão reduzidos os instrumentos fundamentais de política econômica capazes de promover pleno emprego, desenvolvimento social e distribuição de renda.
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