Brasília, 07 de abril de 2025 – A Intersindical – Central da Classe Trabalhadora participou do lançamento do 3º Relatório Anual de Transparência Salarial, promovido pelo Ministério das Mulheres e pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O evento, realizado na capital federal, contou com a presença de diversas lideranças sindicais e institucionais e marcou o início do Movimento pela Igualdade no Trabalho, além da instalação oficial do Comitê Gestor do Plano de Igualdade Laboral, com vigência até 2027.
Representando a Central, esteve presente Nilza Pereira de Almeida, secretária-geral da Intersindical e a primeira mulher a dirigir uma central sindical no Brasil. Sua participação reafirma o compromisso histórico da Intersindical com a luta feminista e antirracista, pilares que estruturam a sua atuação sindical e política.
O relatório revela que, em pleno 2025, as mulheres ainda recebem, em média, 20,9% a menos do que os homens. A situação é ainda mais alarmante quando o recorte étnico é considerado: mulheres negras ganham apenas 47,5% do que recebem homens brancos. A desigualdade também está presente nos cargos de direção: mulheres que ocupam postos de chefia ganham em média 73,2% dos salários de seus colegas homens nas mesmas funções.
Segundo estimativas divulgadas no evento, a equiparação salarial entre homens e mulheres poderia injetar até R$ 95 bilhões na economia brasileira em 2024, evidenciando que a igualdade de gênero, além de uma questão de justiça, é também estratégica para o desenvolvimento do país.
A Intersindical e a Agenda das Mulheres Trabalhadoras
A luta contra a desigualdade salarial não é uma pauta isolada para a Intersindical. Ela está presente de forma orgânica no documento Agenda das Mulheres Trabalhadoras, construído coletivamente pelas mulheres da Central e que orienta sua ação sindical nas mais diversas frentes de luta.
Para a Intersindical, enfrentar a desigualdade salarial exige mais do que campanhas institucionais — requer mudanças estruturais, revisão dos mecanismos de promoção profissional, revisão da lógica de valorização do trabalho e combate às múltiplas opressões que recaem sobre as mulheres, especialmente as negras e periféricas.
O Movimento pela Igualdade no Trabalho, lançado nesta data, é mais um instrumento de mobilização para que empresas, sindicatos e organizações da sociedade civil assumam compromissos concretos com a paridade salarial e com um mercado de trabalho livre de discriminação.
Para acessar o relatório completo e aderir ao Movimento pela Igualdade no Trabalho, visite: gov.br/mulheres
Redação: Secretaria Geral da Intersindical
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