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JORGINHO PERSEGUE PROFESSORA DA REDE

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Carta de apoio à professora Carolina M. Puerto

Nós da Intersindical Santa Catarina vimos a público reiterar as denúncias acerca das ilegalidades que levaram ao afastamento da professora Carolina Puerto de suas atividades docentes no magistério estadual catarinense. Carol é professora efetiva, tendo seu trabalho reconhecido pelas comunidades em que atua, sempre embasada nos princípios da ética e da verdade, bem como dentro das legislações educacionais vigentes.

Mas, como bem sabemos, o fascismo cria nomes e termos para perseguir o que e quem ameaça desnudar a barbárie constituinte do próprio fascismo. Ou seja, após uma aula sobre fakenews, em que cita exemplos de políticos catarinenses que mentem para a população – dentre eles o próprio governador Jorginho Mello, já conhecido por tratar os servidores da educação com descaso e à base de ameaças inconstitucionais no último movimento grevista nos meses de abril e maio deste ano – foi sumariamente afastada de sala pela Coordenadoria Regional de Ensino, que foi pessoalmente à escola para comunicar a professora de seu afastamento, assumindo para si a tarefa de uma espécie de gestapo dos dias atuais.

A alegação para o afastamento ilegal da professora Carol é embasada na pretensa acusação de “militância política”, pois apontou a mentira, comprovada, na fala de figuras da política. A aula foi ilegalmente e indevidamente gravada, num claro sinal de que este governo alicia alunos e alunas a agirem fora da legalidade, ao respaldar o material gravado e agindo em defesa não de Carol, já atacada em sua liberdade de cátedra em sala, nem da verdade, mas de um governo autoritário, que toma professores como seus inimigos, inimigos da sociedade, e não admite ser questionado em suas próprias mentiras.

Jorginho Mello, atual governador de Santa Catarina, é aquele mesmo que, no decorrer da bem conhecida “CPI da Covid” fez a defesa mais vil e inescrupulosa do ex presidente Jair Bolsonaro, valendo-se de mentiras e de negacionismo para defender um governo que propositalmente atrasou a vacinação do povo contra a covid, que quis propina para liberar o acesso da população às doses da vacina. Foi ele o que fez a defesa de um governo que tem em suas mãos a responsabilidade pelos mais de 700 mil mortos pela doença no Brasil à época.

Carol Puerto, por sua vez, é professora aguerrida, ética e de posição firme diante dos fatos. Grevista, diretora sindical de luta na regional Florianópolis, atuante em sala de aula e fora dela. Um exemplo de mulher lutadora, e exatamente o tipo de voz que este governo busca perseguir e calar, pois o desafia naquilo que não tem outra contrapartida que não a censura: a verdade.

Estamos incondicionalmente ao lado da professora Carolina Puerto, pois este é o lado dos que lutam por uma sociedade emancipada, por uma educação de qualidade e libertadora, que só pode existir em uma sociedade livre de fato.

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