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Indígenas Kaingang de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul protestaram na tarde de segunda (3) em frente à sede da Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), em Brasília. As lideranças reivindicam que o governo federal investigue as denúncias de assédio moral e sexual e má gestão de recursos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) da Região Sul, que atende os estados do RS e SC.
As denúncias foram entregues em documentos ao secretário responsável pela Sesai, Marco Antônio Toccolini. “Como mulheres indígenas, temos sofridos assédios moral e sexual. Profissionais indígenas e não indígenas vêm sofrendo essas violações e denunciamos há um mês e nada foi feito”, comenta Fernanda Kaingáng.
As lideranças vêm a Brasília uma semana depois de ocuparem as sedes do DSEI e da Sesai, em Santa Catarina e Rio Grande do Sul como pedindo de afastamento de servidores acusados de assédio moral e sexual. Na reunião, Marco Antônio Toccolini se comprometeu em enviar uma equipe para auditoria nas contas do DSEI Sul e para ouvir as mulheres que sofreram violações. “A denúncia foi protocolada. Mandarei uma equipe para averiguar a situação ainda essa semana. Para realizar o afastamento dos servidores preciso encontrar indícios de irregularidades que sejam postas como provas”, defendeu o secretário.
Diante a posição oficial de Marco Antônio, os caciques afirmaram que continuarão ocupando os escritórios responsáveis pela gestão da saúde indígena, ligados ao Ministério da Saúde, como forma de pressionar por investigações e respostas da União.
Fonte: CIMI / Por Guilherme Cavalli, da Assessoria de Comunicação / Foto: Fernanda Kaingang
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