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Manifesto pela paz na Venezuela

Manifesto pela paz na Venezuela
Imagem: Comunicação da Intersindical
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Comitê Brasileiro Pela Paz na Venezuela

As entidades, movimentos e personalidades que compõem o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela defendem a soberania e a autodeterminação dos povos e por isso vêm a público manifestar-se:

1. Denunciamos que está em curso mais uma tentativa de Golpe de Estado na Venezuela. Esta ofensiva internacional vem sendo liderada pelo governo dos EUA e apoiado pelos seus capachos na América Latina e na Europa. Juan Guaidó não foi eleito presidente, se autoproclamou em uma manifestação da oposição, tornando-se a marionete necessária para concretizar o golpe e garantir os interesses imperialistas na Venezuela. Guaidó tem apoio político e econômico de fora da Venezuela, mas no país não conta com o respaldo e a legitimidade da maioria do povo.

2. Repudiamos toda e qualquer ameaça de ingerência e de intervenção militar contra a Venezuela, que abrem um possível cenário lastimável de guerra nas fronteiras com o Brasil e com outros países da América do Sul, colocando em risco a vida do povo venezuelano, brasileiro e latino-americano.

3. Repudiamos as declarações intervencionistas do Governo Brasileiro, expressadas pelo presidente Jair Bolsonaro e seu chanceler Ernesto Araújo, que rompem com a tradição da diplomacia brasileira de busca pela paz, pelo diálogo e pela integração regional.

4. Repudiamos as manifestações intervencionistas dos governos do “Grupo de Lima” e dos países membros da União Europeia, que reconheceram Guaidó como presidente e querem interferir sobre as eleições venezuelanas.

5. Repudiamos o cruel bloqueio econômico praticado pelos EUA contra o povo venezuelano, recentemente os EUA sequestraram bilhões de dólares venezuelanos que estão em bancos estadunidenses, coroando o cerco econômico que já vem sendo praticado há cerca de três anos com o objetivo claro de desestabilizar o apoio popular mantido pelo governo de Maduro, à custa de privar a população de medicamentos, de alimentos e de produtos de higiene.

6. Denunciamos os interesses internacionais em apossar-se do petróleo e dos bens naturais que pertencem ao povo venezuelano. Para nós está evidente que o objetivo de Trump é o de apossar-se não só dos bens venezuelanos nos EUA, mas de pilhar o petróleo e os recursos naturais da nação com a instalação de um governo títere. Para tanto, golpes de Estado e ameaças de intervenção militar já foram largamente utilizados, como sabemos, em outras regiões do planeta.

7. Denunciamos a Rede Globo e todas as grandes empresas de comunicação brasileiras e internacionais que manipulam as informações e difundem mentiras sobre o governo de Nicolás Maduro e sobre que está acontecendo na Venezuela, confundindo a população e atuando diretamente na ofensiva internacional para desestabilizar e desconhecer a soberania do povo venezuelano.

8. Defendemos a soberania e autodeterminação do povo venezuelano, que tem o direito de escolher seu próprio destino através da eleição de seus governos, sem nenhuma ingerência externa.

9. Reconhecemos o governo legítimo de Nicolás Maduro, vencedor com 67% dos votos válidos de eleição realizada no dia 20 de maio de 2018 contra quatro candidatos da oposição. Tal eleição esteve sob a supervisão de 200 observadores internacionais, que atestaram a lisura, transparência e legitimidade de todo o processo.

10. Defendemos todas as iniciativas de Diálogo e de Paz que respeitem a soberania do povo venezuelano. Saudamos a iniciativa dos governos do México e do Uruguai que começaram no dia 07 de fevereiro. Saudamos as manifestações do Papa Francisco e todas as lideranças religiosas, artistas, políticos, personalidades e entidades que tem se manifestado neste sentido.

Por fim, nos comprometemos:

– Estaremos em alerta sobre o que está acontecendo na Venezuela, conscientes de que não é somente uma questão de justiça e solidariedade, mas que se trata do destino do povo brasileiro e do povo latino-americano.

– Estaremos mobilizados nas ruas, nos campos, nas universidades, nos sindicatos, nos movimentos, nos partidos, nas igrejas, nos meios de comunicação, e em todos os lugares possíveis de estabelecer um diálogo com a população sobre o quê está acontecendo na Venezuela e sobre por que é tão importante e urgente tomar partido neste momento.

Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela
São Paulo, 08 de fevereiro de 2019. 

Receberemos novas adesões de entidades e apoios individuais SOMENTE *por e-mail [email protected] até o dia 08 de fevereiro de 2019, sexta-feira, às 10h.

ASSINAM:

ORGANIZAÇÕES
1. Ação Antifascista
2. Afronte Juventude Anti Capitalista
3. Articulação Brasileira dos Movimentos da ALBA
4. Brigadas Populares
5. Central de Movimentos Populares – CMP
6. Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil – CTB
7. Central Única dos Trabalhadores – CUT
8. Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – Cebrapaz
9. Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé
10. Centro de Estudos e Pesquisa Ruy Mauro Marini
11. Coletivo Abrebrecha
12. Coletivo Democracia Corinthiana – CDC
13. Comissão Pastoral da Terra – CPT
14. Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE
15. Conselho Mundial da Paz – CMP
16. Consulta Popular
17. Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ
18. Coordenação Nacional de Entidades Negras – CONEN
19. Federação Sindical Mundial – FSM
20. Federação Única dos Petroleiros – FUP
21. Fundação Lauro Campos
22. Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde el Sur da UNIRIO
23. Intersindical Central da Classe Trabalhadora
24. Intifada – Grupo Pró Palestina
25. Levante Popular da Juventude
26. Marcha Mundial de Mulheres – MMM
27. Movimento Camponês Popular – MCP
28. Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas – MLB
29. Movimento de Moradia no Centro – MMC
30. Movimento de Mulheres Camponesas – MMC
31. Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil – MPP
32. Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
33. Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
34. Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
35. Movimento Paulista de Solidariedade à Cuba
36. Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM
37. Movimento Terra Livre
38. Movimento Trabalhadores Sem Teto – MTST
39. Partido Comunista Brasileiro – PCB
40. Partido Comunista do Brasil – PCdoB
41. Partido Comunista Operário – PCO
42. Partido dos Trabalhadores – PT
43. Partido Socialismo e Liberdade – PSOL
44. Pastoral da Juventude Rural – PJR
45. Rede de Médicas e Médicos Populares
46. Refundação Comunista
47. Sindicato dos Professores de Guarulhos – SINPRO/Guarulhos
48. União Brasileira de Mulheres – UBM
49. União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES
50. União da Juventude Comunista – UJC
51. União da Juventude Socialista – UJS
52. União Nacional dos Estudantes – UNE
53. Unidade Popular pelo Socialismo – UP

APOIADORES
1. Aline Cristiane Piva
2. Berna Menezes – Executiva Nacional do PSOL
3. Celso Sánchez – Professor da UNIRIO
4. Francisvaldo Mendes – Presidente da Fundação Lauro Campos
5. Guilherme Boulos – Ex candidato a presidente pelo PSOL
6. Jair Pinheiro – Professor de Ciência Política na FFC/UNESP/Marília
7. José Carlos Miranda – Conselheiro Fundação Lauro Campos
8. José Carlos Miranda – Conselheiro Fundação Lauro Campos
9. Juliano Medeiros – Presidente Nacional do PSOL
10. Lúcia Rodrigues, Jornalista
11. Rodrigo Bocão – Executiva Nacional do PSOL
12. Socorro Gomes – Presidente do Conselho Mundial da Paz
13. Valerio Arcary – Historiador

Clique aqui para ler o manifesto com assinaturas atualizadas

Novas adesões enviar para [email protected]

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