Na madrugada desta segunda feira (03), cerca de 2000 mil trabalhadores trabalhadoras e sem terra ocuparam o Ministério da Fazenda contra o ajuste fiscal do governo no orçamento da reforma agrária.
Segundo Alexandre Conceição, da coordenação nacional do MST, o movimento volta a denunciar a paralisação da Reforma Agrária no país com a realização de uma segunda Jornada de Lutas contra o ajuste fiscal do governo que cortou quase 50% dos recursos da Reforma Agrária – de R$ 3,5 bilhões sobraram apenas R$ 1,8 bilhão.
“O ajuste fiscal do Governo Federal ameaça estagnar ainda mais o processo da Reforma Agrária no país, pois sem orçamento não há como o governo cumprir o compromisso político, assumido no início deste ano, de assentar 120 mil famílias Sem Terra acampadas no Brasil”, afirma.
A política econômica do governo federal coloca em risco a conquista de direitos dos trabalhadores, pois corta recursos financeiros da reforma agrária e da classe trabalhadora para seguir injetando dinheiro no capital financeiro e nas transnacionais, beneficiando a elite brasileira. Só para o agronegócio foi disponibilizado R$ 187 bilhões de recursos pelo Plano Safra deste ano. Um aumento de 20% no volume de recursos em relação à safra anterior.
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De acordo Kelli Maffort, da coordenação nacional do MST, corte de investimentos em setores fundamentais como educação e saúde, além dos cortes nas políticas sociais só atingem o setor mais pobre da população.
“Não podemos ficar ao lado do ajuste fiscal. Nosso compromisso é com o povo. Exigimos o assentamento de todas as famílias acampadas.
Temos famílias que há mais de 10 anos debaixo da lona preta e que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio. É preciso que o governo elabore um Plano de Metas para assentar no mínimo 50 mil famílias por ano, no período de 2016-2018″, ressalta.
Fonte: Página do MST
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