MST repudia despejo violento contra familias sem teto de Piracicaba SP

Imagem: Comunicação da Intersindical
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O governador Doria e o Tribunal de Justiça, através da polícia militar, destroem as casas de sem teto em plena pandemia do coronavírus.

Na manhã do dia 7/5, as cerca de 50 famílias sem teto da região do Taquaral em Piracicaba, foram acordadas pela violência da polícia que chegou por volta das 6h com tratadores destruindo suas casas.

A área pertence à vários herdeiros de um advogado de São Paulo, e estava abandonada, servindo apenas para especulação imobiliária, sem nenhum uso.

Os sem teto ocupam a área desde janeiro, na luta pelo direito a moradia. A assessoria jurídica popular que acompanha as famílias, tentou impedir o despejo alegando questão humanitária e apelando ao bom senso diante diante da maior pandemia dos últimos tempos, mas tanto a justiça de Piracicaba, como o Tribunal de Justiça de SP ignoraram o risco de morte que estão impondo à essas famílias. E tudo ocorre com a anuência do governador João Doria, que tem um discurso de defesa do distanciamento social, mas na prática joga famílias inteiras na rua.

Os pertences das famílias estão sendo levados para um galpão e não foi sequer oferecida uma alternativa de alojamento para as famílias, que estão indo pra rua ou pra casa de parentes, se expondo à riscos de infecção a covid 19.

Pra piorar a situação, a polícia deu voz de prisão para a deputada estadual Bebel que estava no local apoiando as famílias, e para o advogado popular Nilcio Costa. Por pressão da comunidade, as prisões não foram efetuadas.

Pedimos que denunciem o GOVERNADOR JOÃO DORIA, a POLÍCIA MILITAR e o TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SP por este ato brutal de violência em plena pandemia. Divulguem!

Exigimos que sejam disponibilizadas vagas em hotéis ou alojamentos dignos para receber as famílias despejadas durante a pandemia.

Que o governador aponte uma solução ao direito permanente de moradia às famílias sem teto.

Que todas as reintegrações de posse urbanas e rurais sejam suspensas enquanto durar a pandemia. Pelo direito de ter um teto para “ficar em casa”.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA

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